Veela, Scorpius?

Chapter XLVII

-Como ele está? – Harry perguntou para Hermione e Draco no escritório da Mansão, não muito tempo depois de ter chego com seu filho.

-Na mesma, ainda desacreditado com tudo o que aconteceu. – Hermione falou pelo marido, que desde quatro dias antes tinha se tornado a pessoa mais carente da casa, desesperado pelo toque dela.

-E Draco?

-Ele vai superar, mas ver isso tudo acabou despertando gatilhos há muito adormecidos.

-Ainda sobre a explosão?

-Uhum. Mas aos poucos ele está entendendo que as situações são diferentes, não é?

-Isso não me tira o pavor do que poderia ter sido, Hermione. – Draco sussurrou, agarrando sua mão e a cheirando, respirando fundo.

-Draco, Scorpius precisa da sua ajuda como pai agora, como espera conseguir isso ficando preso no passado? – Harry aconselhou. – Você é o único aqui que tem a ideia do que ele deve estar passando. Eu poderia imaginar Gina me traindo e engravidando de outro? Poderia, mas não seria nem de perto a dor que ele está sentindo, é completamente diferente.

-Eu não posso fazer mais nada, Harry. Só torcer que ele melhore, sério. Ele não está se automutilando, não está morrendo nem nada, apenas está triste agora. Ter contato com Rose é impossível porque além dele ter me pedido para não fazer isso, os dois já são adultos e casados, é completamente sem razão nós nos metermos em uma briga dessas, mesmo sabendo o estado que ele apareceu aqui em casa. Se divorciar foi uma decisão que ele tomou consciente e com ajuda psicológica, então não tem o que fazer.

-Também não tivemos contato com ela, pelo nosso lado. Ela se fechou totalmente desde que Scorpius saiu de casa e todos nós temos a certeza absoluta que fez isso apenas para Susana não encher sua paciência sobre como não o segurou.

-Essa mulher tira a minha paciência. – Hermione declarou.

-A de todos nós, - Draco e Harry falaram juntos, concordando sobre como ela era insuportável.

Scorpius naquela altura tinha assimilado toda a reviravolta que a sua vida tinha tomado naqueles cinco meses, tendo encontrado a força que ele precisava para tomar a grande decisão da sua vida. Ele estaria seguindo com o pedido – não, exigência do divórcio, com a aliança finalmente tendo sido retirada do seu dedo anelar esquerdo na noite anterior. Mas aquilo não poderia continuar, ou ele enlouqueceria de vez.

Mais parecendo uma festa da consolação, ele tinha Milan, Aleksandar, Albus, Jacques, Samuel e Jeremiah o fazendo companhia na biblioteca da Mansão – o que ele interpretava mais como um impedimento para que ele não fizesse nenhuma besteira. O que era uma grande tolice, que besteira ele poderia fazer contra si próprio que já não tivesse feito inconscientemente? Mas apesar de tudo ele apreciava o gesto do amigo e dos irmãos, oferecendo apoio no momento que ele talvez não mais precisasse.

-E você não o matou na hora que os viu?! – Milan estava estarrecido.

-E deixar o filho dela sem um pai? Sou um monstro, mas não desse tipo! – Scorpius ficou ofendido com a suposição do irmão.

-ALTO LÁ! NÃO É MONSTRO COISÍSSIMA NENHUMA, SCORPIUS! – Samuel se alterou.

-Você morreu antes mesmo que pudesse ferir alguém, Samuel!

-E me ferir não conta?! Não é só machucar terceiros que te torna uma fera, ou já se esqueceu que eu SANGREI DE DENTRO PARA FORA?!

-De fora para dentro que não podia ser, não é? – Aleksandar ponderou.