Veela, Scorpius?

Chapter XXXVII

Dezembro tinha chegado com tudo, com os novos recrutas de quadribol tendo participado dos seus primeiros jogos. Scorpius e Rose ainda era reservas, mas tinham sido utilizados uma vez ou duas por conta de um ferimento dos jogadores titulares.

-Trágico, mas que bom, não é? – Gina tinha comentado, tendo sido ela a acidentada das Holly Head Harpies.

Apenas uma torção no joelho, nada tão grave. Mas tinha sido o suficiente para os dois namorados ganharem visibilidade da mídia, além de um bônus no pagamento. Até então, Scorpius tinha conseguido manter escondido da Alta Sociedade a carreira que estava seguindo, entretanto, com a alta performance no jogo – que fez Olívio Wood atirar a própria varinha com força no chão tamanha empolgação – foi impossível esconder que o grande herdeiro Malfoy agora era um... reserva de quadribol.

Mas todo bom jogador começa de baixo, não é? E muito embora o histórico dos Malfoy's em times de quadribol fosse movido a compra de posições em troca de vassouras novas, Scorpius seguia de forma limpa no time.

Tão limpa quanto o interesse do treinador pelos seus reflexos animais podia ser.

Mas aquilo não importava naquela tarde quase noite de sábado, não enquanto Scorpius estava passando o tempo de forma bastante agradável na casa da sua namorada, exultante por passar a noite com ela após três semanas. Embora a comunidade bruxa ainda estivesse em processo de liberalização, os dois dormirem juntos não era nada absurdo naquela família – não quando já tinham tido experiência e espanto o suficiente com Draco e Hermione.

Assim, Scorpius estava preparadíssimo para uma excelente festa do pijama na casa dos Weasley's naquela noite.

-Scorp, quer suco de abóbora para acompanhar o frango? – Rose perguntou da cozinha, enquanto Scorpius ajudava Rony a colocar a mesa.

-Rose, eu... – Como ele sairia daquela? – Eu não gosto de suco de abóbora.

-Gosta sim, você, Luke, James e Fred competiram no quinto ano quem bebia mais durante o jantar.

-Eu desenvolvi alergia depois desse dia.

-Ah, é? Então como eu te vi tomando na semana passada na toca?

-Eu... Olha... É você quem vai fazer?

-Você se importa se minha mãe fizer?

-É que a sua mãe coloca rabanete com ervas nele... – Scorpius confessou com as bochechas e orelhas rosadas.

-É o que? É claro que não! De onde tirou essa ideia absurda? – Rose ficou chocada.

-Foi Hermione, não foi, Scorpius? – Rony se meteu. – Ela quem falou para você não tomar o suco daqui, não é?

-Foi...

-Mas porque ela faria isso? Não tem sentido!

-Precaução, ela só não queria que o filho dela também fosse envenenado.

-Mas meu pai foi envenenado na escola, não...

-Foi Susana quem mandou para ele o suco batizado, então faz sentido ela não querer que você não tome nada dela. Aliás, se bem a conheço, deve estar roendo as unhas agora mesmo por você passar a noite aqui com jantar incluso.

-Eu... – Rose estava chocada. Como sua mãe tinha sido capaz de fazer uma coisa daquelas? – Eu faço para você, Scorp.

-Obrigado. – Ele murmurou, em choque demais para expressão outra reação ou agradecimento.

Cada diz ele entendia um pouco mais dos motivos para a sua mãe agir tão estranhamente com sua sogra.

Talvez fosse melhor ele ficar de olhos bem abertos, precaução nunca era demais.