Chapter X

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Scorpius estava furioso! Uma sensação de destruição tinha dominado todo o seu ser e ele não mediu esforços ou pensou racionalmente antes de destruir o seu dormitório. Ele tinha estado tão perto! Ainda conseguia sentir o raspar de lábios de sua companheira em sua boca, já que tinha conseguido apenas isso. Como poderia ser tão azarado? Ele tinha convicção que não tinha estourado nenhum cano!

Completamente transtornado, Scorpius ficou andando de um lado para o outro durante um bom tempo, até Luke tentar entrar no dormitório e ser expulso com um rugido.

Ele queria ficar sozinho.

Quase arrancando os seus cabelos, Scorpius mirou sua raiva para as cortinas e colchas, rasgando todas com suas garras – mas por estar muito fora si acabou se machucando no processo, abrindo feridas em seu rosto e corpo. Mas que merda, será que ele não tinha um segundo de paz?! Com um rugido de fúria, Scorpius se jogou no chão, ficando encolhido no pé de sua cama, tentando tranquilizar a sua respiração.

Era perto das seis da tarde quando a porta foi bruscamente aberta, seguida de vozes um tanto quanto alteradas.

-Albus! É melhor deixar ele quieto! - Luke tentou impedir o amigo de ser assassinado, mas foi em vão.

-Você tem medo dessa coisinha, Lu... - Albus estava brincando antes de finalmente olhar para o cômodo. - Liberaram uma pantera aqui?

-Scorpius, o que você fez...? - Luke olhava horrorizado para o seu travesseiro em pedaços.

-O QUE EU NÃO FIZ!

-Isso tem alguma coisa com Rose?

Scorpius apenas olhou irritado para o melhor amigo.

-Tem ou não tem? - Albus continuou a pressionar.

-Tem.

-Vai continuar sendo seco desse jeito ou vou precisar te dar um banho?

Scorpius rugiu com força, saindo de si. OUTRO BANHO DE NOVO NÃO! Com um forte soco na parede, o garoto descarregou a sua adrenalina, finalmente conseguindo falar.

-Eu a levei para a casa dos gritos, ela me perguntou se ninguém me interessava na escola. Íamos nos beijar, estávamos tão perto.... Mas um cano de água estourou e nos molhou. Ela insiste que foi culpa minha.

-Iam se beijar? Ela aceitou sem nenhum problema?

-Não importa mais, ela acha que eu fiz isso, mas sei que não fui eu.

-Se tivesse ficado com a gente no restaurante, nada disso teria acontecido.

-Ah, é! Lembro de ter te visto no Madame com Alice. Como foi?

-Ela ficou meio envergonhada no começo, mas logo consegui distrair com meus truques de mágica!

-Você tirou um galeão de sua orelha? - Scorpius bufou.

-Sim, e ela pediu para eu fazer de novo. Conversamos bastante e ela até deixou eu pegar em sua mão, e meu deu um beijo na bochecha!

Albus comemorava como se fosse o campeão da copa de 1994, feliz pela primeira vez Alice ter correspondido às suas investidas – o que só inspirou a inveja em Malfoy. Ele não podia ficar com muita raiva, já que Rose também tinha correspondido, mas o amigo parecia ter tido um final de dia muito mais reconfortante do que o dele.

***

Alguns dias depois, Rose e Scorpius não se falavam direito. A garota ainda estava intrigada demais com a explosão, se recusando a se aproximar do rapaz. Ele não estava muito diferente, tendo diminuído pela metade a sua confiança adquirida no final de semana. Tinha até mesmo recorrido a ajuda dos universitários, enviando uma carta desesperada para Milan, pedindo conselhos. Ele não havia respondido até aquela manhã de quinta-feira, mas assim que sua carta caiu sobre o seu prato de torradas francesas no café, Scorpius se empertigou e procurou um lugar sossegado para ler.

Veela, Scorpius?Onde histórias criam vida. Descubra agora