Draco tinha conseguido uma licença de cinco dias do trabalho. Não tinha precisado muito para aquilo - já que apesar de estar se encaminho para se tornar o seu próprio chefe, foi somente mencionar ajuda e filho que imediatamente foi liberado. Aparentemente todos do departamento prezavam muito pelo bem estar dos dois veelas - nada ligado a posição de Draco na sociedade nem ao seu humor dentro do hospital, imagina.
Scorpius estava ansioso, bastante ansioso. Tinha escrito a Rose na noite anterior avisando que talvez ficasse fora do ar por alguns dias, e caso ele não aparecesse na Toca para almoçar no final de semana ele não tinha fugido para as montanhas e desistido dela. Ele se sentia como um garotinho prestes a andar em uma vassoura pela primeira vez na vida – e ele não estava de todo errado, já que voaria pela primeira vez com suas próprias asas.
Ele acordou bem cedo no dia seguinte, comeu uma frutinha ou outra e tentou relaxar. Não se contendo, pegou sua vassoura e começou a dar voltas pela Mansão, na esperança que o vento em seu rosto conte-se sua empolgação, mas apenas conseguiu se desequilibrar e quase quebrar uma perna ao notar penas negras invadirem o seu campo de visão.
-DE ONDE O SENHOR SAIU?! - Scorpius berrou ao se agarrar com mais força na vassoura.
-EU PODIA TER TE ATACADO, SCORPIUS! - Draco berrou de volta, circulando o filho em pleno ar.
Ele estava sem camisa e com um bermudão estampado. Todo o glamour de guerreiro tinha ido embora muitos anos antes.
-Anda logo, desce daí para começarmos! - Draco ordenou, voltando para terra firme, esperando pelo filho.
Scorpius ainda estava estupefato com a visão do pai. Ele tinha se transformado naquilo no dia do baile?
-NÃO ACHO QUE VÁ GOSTAR DE SE TRASNFORMAR EM PLENO AR, SCORPIUS! - Draco o chamou mais uma vez.
Scorpius rapidamente colocou seus pés no chão, deixando a vassoura de lado. Ele ainda olhava com os olhos brilhando para o pai.
-Como o senhor faz isso?
-Não vai querer saber, mas vai acabar descobrindo. Primeiro de tudo: porque estamos aqui hoje?
-Porque eu não consegui controlar o meu charme em Rose, por mais que não estivesse suando, falando baixinho ou olhando para ela.
-E como não queremos que mais algum acidente aconteça, achei melhor ensinar você a como se controlar. Você não libera charme intencionalmente, Scorp. Quando está muito feliz também afeta ao seu redor.
-O senhor também já afetou as pessoas dessa maneira?
-Foram de formas diferentes: Quando descobriram minha condição no colégio eu entrei em pânico e o salão inteiro se afetou. Tive que sair correndo de lá por estar ficando nauseado com os cheiros misturados.
-Ahn... Meio que aconteceu exatamente o mesmo comigo, mas... A diferença foi que eu realmente vomitei. E Rose me seguiu e tentou me confortar, e meio que eu perdi o controle....
-Eu me lembro disso. É, as vezes isso acontece. Precisava ver o dia do meu casamento com a sua mãe, ela diz que metade do meu rosto era o veela com a outra metade meu estado normal.
-Isso é possível?! - O garoto se espantou.
-Eu não tenho a menor ideia – Draco confessou – Mas a partir do momento que você aprende a controlar seus instintos, sua personalidade animal aparece só se muito provocada.
-Ela voltou a aparecer depois disso?
Draco a princípio não respondeu, carregando em seu rosto uma expressão de dor, perdendo-se por alguns segundos. Não tinha como contar ao seu filho aquilo, ele não precisava saber.
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Veela, Scorpius?
FanfictionContinuação de Veela, Draco? Scorpius Malfoy completou dezessete anos de idade quatro dias atrás, descobrindo que o gene de Draco passara para ele, o transformando em um veela. Sua companheira? Rosalie Weasley. Mas só tinha um pequeno probleminha:...