Veela, Scorpius?

Chapter VIII

-E MILAN KRUM REBATE A GOLES PARA ALEKSEI!

Era apena mais uma quinta feira normal para a seleção de quadribol búlgara. Eles estavam disputando as eliminatórias para a copa mundial de quadribol, jogando contra o time egípcio. Tudo corria muito bem, estavam com duas horas e meia de jogo. Um tempo até que razoável se ponderar a qualidade dos jogadores.

Milan Zahari Krum era um dos batedores da seleção búlgara, seguindo os mesmos passos que seu pai. Viktor ainda atuava no campo de quadribol, mas tendo sido promovido a treinador. Não tinha mais corpo físico para estar em campo.

Quer dizer, corpo físico até tinha, mas seus músculos e ossos não eram mais os mesmos de seus dezoito anos. Sendo assim, tinha passado o cargo de jogador para seu filho mais velho. Aleksandar, ao contrário dos dois homens, tinha uma pegada muito mais voltada para a sua beleza, já havendo feito ensaio fotográfico para uma revista bruxa no verão passado. Ele certamente teria uma carreira ligada a moda e beleza, deixando o esporte para seu irmãozão.

Por ser um dia muito especial, Viktor e Zarahina estavam na primeira fileira, acompanhando tudo de perto. Alek estava em Durmstrang, não podendo presenciar o grande momento de Milan. A Bulgária tinha grandes chances de ganhar, Milan estava conseguindo defender muito bem os avanços do Egito, mas uma coisa estava tirando-o do sério a algum tempo: parecia que ele tinha se tornado um ímã para acidentes! Já tinham esbarrado com a vassoura na sua, empurrado e pelo menos duas goles quase o tinham acertado àquela altura.

Ele não entendia, os artilheiros e apanhadores que deveriam estar sendo alvejados daquela maneira, não ele!

- Kakvo, po dyavolite, stava... - Milan se perguntava o que diabos estava acontecendo.

- Aihtaras! - O artilheiro egípcio gritou para que ele tivesse cuidado, mas o idioma não foi compreendido.

Quer dizer, se ele ao menos soubesse falar árabe não teria tido tempo de resposta. Em uma fração de segundo uma goles violenta foi arremessada contra as suas costela, o jogando no chão. Milan despencou de uma altura de dez metros, praticamente inconsciente pela pancada.

-MILAN! - Zarahina saiu empurrando os espectadores, desesperada pelo seu filho.

Os paramédicos conseguiram absorver o impacto do rapaz, mas não seguraram seu bastão a tempo, com ele batendo com força em sua cabeça. Estirando no chão, com a cabeça ensanguentada, costelas destruídas e um ombro deslocado, Milan lutava para manter a consciência, focando-se no autor do ataque.

Tinha sido atacado pelo seu próprio time. O outro batedor, Yann, tinha descontado toda sua raiva e frustação em cima do mais novo devido a entrevista dada pelo mesmo na semana anterior. Os dois batedores estavam trocando alguns beijos a algumas semanas e enquanto Milan não escondia de ninguém a sua bissexualidade, Yann tinha verdadeiro pavor que descobrissem sobre esse seu lado. Certo, Milan tinha dado a entender que estava saindo com um jogador da mesma posição que ele, mas em hipótese alguma tinha dito que era Yann, mas apenas o fato da suposição já deixava o outro rapaz eriçado.

Tinha sido um término de relacionamento bastante trágico e que certamente faria o moreno repensar antes de voltar a beijar na boca.

Os pais do rapaz chegaram em tempo recorde ao gramado, a tempo de vê-lo sendo removido e transferido até um hospital.

-Fique comigo, filho! - Viktor segurava sua mão, implorando para que Milan não dormisse.

Por sorte o hospital não estava tão cheio, com ele logo sendo atendido. Após uma sutura em seu couro cabeludo, constataram que ele havia tido bastante sorte, já que a pancada não causara nenhum dano maior além do corte. Suas costelas tinham se quebrado com o impacto, mas não seria necessário uma cirurgia. Seu ombro foi colocado no lugar, com Milan finalmente desmaiando de dor. Devidamente enfaixado, o deixaram em observação naquela noite, com a certeza de ser liberado pela manhã. Não havia motivos para ele ficar no hospital.