Chapter III

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Logo após os estranhos acontecimentos da noite anterior, Scorpius ficou um pouco arredio, com medo do que poderia fazer. Estava claro para ele que aquilo não tinha sido natural, já que não vestia uma camisa escrito "NAMORADO ESTEPE". Não, aquilo só poderia ser os seus poderes se manifestando.

Tudo ainda era muito nublado para o garoto, já que fugira do seu pai como o Diabo foge da cruz. Ele queria, mas ao mesmo tempo não queria saber sobre suas novas habilidades. Tudo ainda o assustava e com razão, já que sua vida dependia de uma resposta.

Era a primeira vez na vida que ele detestava Rose Weasley com todas as suas forças.

Albus afirmava que ela ter terminado havia sido um ponto positivo - não que ele não se importasse com o pobre coração despedaçado da prima – mas ele não queria ter que herdar os videogames de Scorpius tão cedo. Sendo assim, o loiro tinha se acostumado com sua situação, se sentindo mais confortável com as futuras aproximações.

Era dia 6 de janeiro, no dia seguinte voltariam para a escola. Scorpius tinha passado os últimos dias enfurnado na casa dos Potter, matando tempo com Albus e James, mas tinha voltado pouco depois do café. Scorpius tinha vindo para casa com intenções de tirar dúvidas com seus pais, mas no meio de toda aquela correria, tinha acabado se esquecendo. Sendo assim, logo que encontrou seus pais, implorou:

-Se eu não aprender a como enviar mensagens por patrono eu vou repetir de ano!

-Não vai não. - Draco declarou, cético. - Você nem é obrigado a saber lançar um Patrono.

-Mas é claro que sou! Se não, como vou me defender de Dementadores?

-Não defende. - Draco tinha sua expressão séria.

Scorpius não entendia o que estava acontecendo. A última vez que vira seu pai tão chateado tinha sido quando ele quebrara a janela da sala enquanto testava sua vassoura nova, anos antes. Porque ele estava desse jeito?

-Vamos, querido. Acho que podemos ajudar vocês dois. - Hermione fazia um carinho no braço de Draco, arrancando um bico dele.

-Hunf.

-Você sabe como lançar um Patrono, certo? - Hermione se dirigiu ao filho, mas falando com o marido.

-O seu pensamento mais feliz. - Scorpius respondeu, pensando na primeira vez que conseguiu voar em sua vassoura sem dar de cara em uma árvore, deixando que um cisne prateado saísse de sua varinha.

Hermione logo se concentrou e sua lontra brincava com o cisne, com ela se concentrado em Draco.

-Seus pensamentos mais felizes. - Ela fez um carinho em seu rosto, deixando-o sozinho.

Já estava mais do que na hora de Draco resolver aquele bloqueio e aprender a lançar um Patrono. De olhos fechados, Draco se lembrou do momento em que sua esposa disse sim no altar, e quando pegou seu filho pela primeira vez nos braços. Escutou duas pessoas ofegando e ao abrir os olhos, se deparou com outra lontra brincando com sua Hermione.

-Patronos iguais? - Hermione deu um sorriso afetado.

-A culpa não é minha se sou doido por você.

-Errr... Mas e agora, mãe? - Scorpius não queria presenciar uma sessão de amassos.

-Agora olhe nos olhos dele e diga a sua mensagem.

Scorpius procurou pelo seu cisne, olhando em seu rosto e sendo bem enfático:

-Encontre Albus Potter e diga "BU"!

Veela, Scorpius?Onde histórias criam vida. Descubra agora