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𝗖𝗔𝗠𝗜𝗟𝗔

Se tinha uma coisa que eu morria de preguiça em relação a viagens e mudanças a parte de arrumar e desfazer as malas ganhava disparado. E pior, eu sempre enrolo e deixo pra fazer tudo de última hora. Deve ser por isso que eu sempre esquecia alguma coisa importante pra trás.

Pelo menos o fato de ter sido expulsa de casa com duas malas "prontas" pelo meu pai teve algum lado bom. Ele adiantou bastante o meu trabalho.

Claramente ele não tinha colocado todas as minhas coisas nas malas, então eu ainda tive que esperar o horário que eu sabia que ele estaria no trabalho e falei com a minha mãe que eu iria lá buscar alguns pertences e peças de roupas que ainda tinham ficado por lá.

— Filha, pensa bem. — minha mãe me pedia, enquanto me levava até a porta com o restante das coisas em uma bolsa. — você não acha que está sendo precipitada indo pra tão longe? Eu sei que você tá chateada com seu pai, mas eu não quero pagar por isso. Não quero ficar longe de você, meu amor.

Os olhos dela brilhavam

Camila: eu não tô fazendo isso por birra com meu pai, mãe. Tô fazendo por mim. — expliquei e acariciei seus cabelos — Eu tô indo estudar, indo atrás do melhor pra mim e pra você também! E eu sei que Rio de Janeiro não é aqui na esquina, mas também não é tão longe assim! E eu prometo que vou te ligar sempre.

Claudia: Mesmo não gostando de falar com ninguém por ligação?! — perguntou desconfiada e eu ri concordando.

Camila: Mesmo assim. —Afirmei— por você eu faço um esforço! E se eu não ligar, te mando mensagem todos os dias. Eu te amo, dona Cláudia. — a abracei apertado.

Claudia: Eu te amo, filha. Me perdoa por não ter sido forte o bastante nisso tudo... —Falou com a voz embargada de choro

Camila: Você não me deve perdão, mãe. — falei e me afastei do abraço para olha-la nos olhos. — Te amo. Você é a mulher mais forte que eu conheço!

Ela negou com a cabeça e eu dei um beijo em sua testa. Ela fez mais um pouquinho de drama pra se despedir e confesso que meu coração ficou pequeninho no peito, mas seria melhor assim. Prefiro acreditar que no final de tudo, irá valer a pena.

Cheguei na casa da vó eram quase de dez da manhã e ela ja estava quase acabando de fazer o almoço. O engraçado de ficar aqui na vó é que ela acorda extremamente cedo, e por isso fazia comida cedo também. E ela ficava maluca se a gente não almoçasse com ela, mesmo que a gente ainda estivesse pensando no café-da-manhã.

Mesmo sem fome de comida, acabei comendo um pouquinho pra fazer companhia pra vó. Gabriela tinha ido fazer uma revisão no carro e abastecer ele de uma vez pra não ter que parar na estrada. Depois eu escovei os dentes e subi pra tomar banho, me arrumar e finalmente acabar de fechar minha coisas na ultima bolsa porque eu estava sendo ameaçada pela Gabriela com a minha preguiça de arrumar mala. Até no insta dela com quase vinte mil seguidores a palhaça me expos.

— Graças a Deus!!! — assustei com a voz da Gabriela e olhei pra tras atempo de ver ela entrando no quarto e observando minhas malas fechadas em cima da cama. —Achei que fosse ter que abrir uma live no insta pra te fazer vergonha e acabar de arrumar essa mala logo. —brincou

Camila: Ha ha ha - fingi uma risada com a voz afetada e fiz uma careta pra ela. — Você é ridícula, sabia?! —ela assentiu rindo. — Aqui, sério agora, que horas a gente vai? to quase pronta.

Segunda ChanceOnde histórias criam vida. Descubra agora