Segunda Chance

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CAMILA BERRIEL

Acordei ouvindo a musica alta ecoando pelo corredor. Gemi em frustração logo que reconheci a musica que tocava porque ali eu soube ninguém mais dormiria naquela casa. Era a clássica "bom dia, o sol ja nasceu la na fazendinha" em versão de funk e óbvio que isso era obra do Hugo e de ninguém mais. 

Do meu lado, o Felp também se mexeu na cama, tirando os braços em volta de mim e virando pro lado de barriga pra cima, reclamando ao ser acordado pela musica também. 

Felipe: Não era pra esse filho da puta ta de ressaca? Chegou mamado ontem, porra —reclamou  ainda de olhos fechados, na tentativa falha de voltar a dormir. 

Hugo: Vamo acordar, vamo acordar! — Ouvimos ele falar no corredor e em seguida batucar a porta do nosso quarto, me fazendo apertar os olhos e xinga-lo mentalmente.

Camila: ele não vai deixar mais ninguém dormir ne?  — choraminguei ao ver o Felp negar com a cabeça, sentindo que eu ainda tinha sono pra dormir umas duas horinhas fácil, fácil. 

Hugo: Bora carai! Deixa pra namorar em casa! — deu mais umas batidas na porta e a musica foi se afastando da porta pelo corredor, indicando que ele estava indo acordar outras pessoas. 

Camila: Vou tomar um banho. — disse sentando no colchão e despertando de vez, visto que eu não teria outra opção. 

Foi eu fechar a boca pro Felp me olhar de canto de olho com um sorrisinho.

Felipe: Vou também. —respondeu, me fazendo rir. Era sempre assim: eu falava que ia tomar banho, ele sempre dava um jeito de ir junto. 

Camila: levanta logo então, grude! —brinquei acertando ele com o travesseiro e ele me puxou de volta pra cama assim que eu tentei sair, dando um cheiro e um beijo no meu pescoço. 

Felipe: Bom dia primeiro, né. —me encarou, alisando minha cintura —Dormiu comigo?! —rolei os olhos divertidamente. 

Camila: Achei que a dramática dessa relação aqui era eu. —impliquei, passando o dedo da testa até a ponta do nariz dele

Felipe: To aprendendo contigo! —piscou e sorriu, me roubando um selinho em seguida. 

(...)

Camila: Você não dorme não, garoto? Que perturbação — perguntei rindo pro Hugo assim que cheguei la fora onde estavam quase todo mundo, exceto a Gabi.  

Tavin estava presente só de corpo porque a alma dele com certeza não estava ali. Jogado na cadeira, óculos escuro na cara e um semblante de quem iria vomitar a qualquer momento. Acabado o bichin. 

Felp: Ta na hora de marretar essa JBL sua. —falou bebendo um pouco de água e me ofereceu também— Toda viagem é a mesma coisa, porra.  —deu um tapa na nuca do hugo ao passar por tras dele pra me entregar o copo d'agua

Hugo: Meio-dia , filhão. MEIO-DIA! —riu, batendo o dedo o relógio de pulso dele indicando a hora— Ta maluco? Bloco hoje começa as 14h. Viajou comigo tem que curtir pra caralho, não aceito ninguém dormindo ate tarde mesmo não. Quer descansar, descansa em casa! 

Flávia: Festeiro não, além! —brincou, fazendo a gente rir. 

Hugo: Nunca é de leve, ta ligada né. —riu. — To precisando de alguém que me acompanhe, já que aposentaram meu soldado de fé. —falou olhando pra mim e pro Felp. Implicante demais, cara. Não dá paz pra ninguém. 

—Acho que esse alguém acabou de chegar!  — a voz familiar que preencheu o ambiente fez com que todo mundo virasse a cabeça pra trás em sincronia, a tempo da gente ver a Babi de mochila nas costa e um sorrisão na cara acompanhada da Gabi. — Bom dia, gente!