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CAMILA BERRIEL 

Finalmente amanha será o ultimo dia de prova na faculdade. Foram duas semanas bem intensas de estudos pra mim, mas tem valido a pena. Obvio que não da pra ter certeza ainda porque as notas só vão pro portal semana que vem, mas acredito que estou indo bem. 

E por esses motivos e alguns outros que nem preciso dizer, hoje eu fui fraca e me deixei vencer pela lábia do Felipe e cá estou eu no apartamento dele. 

Com meus cadernos, livros e anotações espalhadas pela mesa de trabalho dele? Sim. Mas com a minha bolsa de dormir la na cama dele também. Ele venceu, galera!

Mas para falar a verdade, eu venci também rs

Estava no finalzinho do meu resumo quando a porta de correr do escritório abriu e ele entrou, vestindo apenas um samba-canção.  

O cheiro de comida que vinha da cozinha fez meu estomago revirar de fome enquanto eu escrevia na folha do caderno.

Felipe: Linda, da uma pausa aí pra gente jantar — parou atras da cadeira, deu um cheiro no meu pescoço fazendo minha pele arrepiar e deu um beijo por cima

Mila: To acabando aqui. —respondi ainda escrevendo — daqui a pouquinho eu vou. 

ele suspirou

Felipe: Não tem essa de daqui a pouquinho, Mila.  —ele saiu de trás da cadeira e parou do meu lado pra me olhar—Tu enrola, enrola e acaba ficando sem comer direito focada só em estudar. Da pra fazer os dois, te falei isso já. 

Rolei os olhos, reprimindo um sorriso e olhei pra ele parado do meu lado, sabendo que ele tinha razão.

Sendo sincera eu gosto desse cuidado que ele tem comigo. Tirando a minha vó Naná, era difícil eu me sentir cuidada assim por alguém. Meu pai não é a pessoa mais carinhosa do mundo e achava ruim quando via minha mãe ser assim comigo. Falava que ela passava demais a mão na minha cabeça e isso era errado. 

Ver esse cuidado que ele tem não só comigo, mas com a irmã, a mãe dele e com os amigos dele, me pegava num lugar muito desconhecido ainda. Mas eu gosto.

Eu gosto muito. E cada vez mais. 

Felipe: Não adianta rolar o olho não, cara —riu— vem comer, depois tu volta aí. 

Esticou a mão pra mim e eu segurei me levantando com cuidado porque o churros estava simplesmente dormindo em cima do meu pé, desde a hora que eu sentei aqui pra estudar. 

Cruzei os braços no pescoço dele ao mesmo tempo que ele me abraçou pela cintura, olhei nos olhos dele por alguns segundos e sorri, não sei exatamente porque, só sei que senti uma sensação de paz tão boa que me fez sorrir. 

Mila: Obrigada — falei baixo contra sua boca  e deixei um selinho demorado

Felipe: Ta me agradecendo por que? — sorriu franzindo a testa e pousou a mão na minha bunda

não sei. 

por tudo? 

Não consegui dizer nada em voz alta, eu realmente não sei o porquê. Talvez pela paz que me dá toda vez que a gente ta junto, por esse quentinho no peito toda vez que ele me abraça, me beija ou cuida de mim. Por me apresentar uma relação que eu ainda não conhecia, mas sempre sonhei em conhecer e tenho gostado de conhecer com ele. 

Segunda ChanceOnde histórias criam vida. Descubra agora