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Camila

Os meninos engataram numa conversa entre eles sobre pessoas que eu não conhecia e pra não ficar boiando no assunto eu fui dar um mergulho e de quebra ver se encontrava as meninas porque as bonitas ainda nem tinham voltado.

Quase me arrependi quando senti aquela água gelada molhar os meus pés, meu corpo estava quente do sol e eu me arrepiei toda. Vi as meninas conversando um pouco mais pra dentro do mar, entrei até onde a água batia um pouco acima do meu joelho e num impulso mergulhei de uma vez, nadando até onde elas estavam.

Camila: Lucas acabou de chegar lá. – menti só pra implicar com a Flávia e ver a reação dela.

Flávia: Puta que pariu! – arregalou os olhos e pôs a mão nos rosto. – Agora que eu não saio daqui mesmo.

eu gargalhei da cara de desespero que ela fez.

Camila: É mentira, Flá. – eu ia sustentar a mentira mais um pouquinho, mas fiquei até com dó– To te zoando!

Flávia: Porra Camila. – Me deu um tapa no braço. Eu ri.– Quer me matar do coração aos dezoito anos??? – A Gabriela riu alto

Gabriela: Nossa, Mila. Flavinha chegou ficar com a cara vermelha, tadinha. – Nós rimos – Mas sério, –olhou pra Flávia. – não to entendendo essa sua agonia, Flá. Não precisa.

Flávia: É que você é muito segura das coisas que você faz né Gabi, eu sou totalmente o oposto. Ainda mais quando se trata do Lucas... sei la o que ele ta pensando mim.

Camila: Mas acho que a questão não é sobre se sentir segura, Flá. É que aconteceu, ué... qual o problema?

Flávia: O problema é que não aconteceu. –frisou– Eu quis e ele parou. Ele não me via como mulher e eu acho que na cabeça dele eu acabei provando que ele estava certo, que eu ainda sou uma criança, sei la.

Gabriela: Provou pra ele que tu ainda não é mulher só porque você ainda é virgem?! –Franziu a testa– Nada a ver, Flá. Quando que isso virou critério pra alguma coisa? Por favor.

Flávia: Não virou. Pelo menos não pra mim! Por isso que eu disse que "na cabeça dele" ele deve estar me achando uma criança.

Gabriela: Primeiro que se ele estiver cogitando pensar uma idiotice dessa com certeza ele não é o cara pra você se envolver. –falou sério– Que foi, ele deu a entender isso?

Flávia: Não. Eu que tô pilhada mesmo.

Gabriela: Hm. Tu vê bem o que você tá querendo pra sua vida hein Flávia, tu sabe que em relação a mulher o Lucas não vale o chão que ele pisa.

Flávia: Não tô pedindo ninguém em namoro, Gabi. –rolou os olhos como se não se importasse e a Gabi deu de ombros.

Eu mudei o rumo da conversa porque aquilo ali estava ficando sério demais e eu só queria curtir uma praia tranquilinha. A gente ficou na água mais um pouco, andamos na praia pra tirar algumas fotos e como elas quiseram continuar lá, eu voltei sozinha pra onde os meninos estavam. Mas quando cheguei lá, o Felipe estava sozinho também.

Camila: Ué, cadê o Hugo? –perguntei tirando o excesso de água do meu cabelo.

Felipe: Foi comprar mais cerveja.

Camila: Jesus! –ri– difícil acompanhar vocês hein.

Ele riu e eu abaixei perto dele pra pegar meu protetor na bolsa, quando levantei peguei ele olhando descaradamente pra minha bunda.

Camila: Algum problema? – arqueei a sombrancelha e coloquei um pouco do creme na palma da minha mão. Ele me olhou nos olhos e umideceu os lábios.

Felipe: Você. –coloquei meu protetor em cima da mesa de plástico e espalhei o creme pelo meu colo. –Você tem cara de ser maior problemão.

Camila: É? –ri e levantei um pouquinho a alça do meu biquíni pra conferir se tinha pegado uma marquinha. Quando o olhei, ele continuava me encarando com aquela cara de sem vergonha dele. Aff, gostoso. – Se você continuar me secando assim você vai acabar tendo que resolver esse problemão.

Pela primeira vez eu vi um sorrisinho malicioso brotar naquela cara linda dele. O Jesus, me ajuda.

Felipe: Você faz essas coisas de propósito né não?! –se levantou pra colocar a lata vazia na mesa, mas aproveitando pra prender meu corpo entre ele e a mesa. Me olhou nos olhos e desceu o olhar pra minha boca. Me tremi todinha, porra.

Camila: Que coisas? –me fiz de desentendida, mas falei até fraco. Não sei o que aquele homem tinha, mas ele não precisava de muito pra me atiçar e me provocar um tesão absurdo que ele me causava. Só aquele olhar de desejo e a voz rouca já acabava com a minha postura todinha.

Ele riu fraco e diminuiu ainda mais o espaço entre nós dois, apoiando suas mãos na mesa, uma em cada lado do meu corpo.

Felipe: Vai ficar se fazendo? – perguntou mais baixo e com a voz um pouco mais rouca. Me perdi nos olhos dele e naquela boca bem desenhada e minha respiração pesou sem nem ao menos beijar ele. Juro por Deus que o beijaria alí mesmo se não fosse pelo fato de ter escutado a voz da Flávia se aproximando.

Flávia: Que calor, gente. Socorro! –ela vinha reclamando. O Felipe estalou a língua no céu da boca e disfarçou se afastando de mim pra pegar cerveja, o que me fez rir, eu peguei a minha coca que estava no cooler e fui sentar na canga novamente.

Felipe: Ué, não ficou lá na água porque então?! –travei o riso. Flávia rolou os olhos e tacou um pedaço de biscoito Globo nele em seguida.

Flávia: Tô com fome, chato. –disse mordendo outro biscoito, virou o pacote pra mim e me ofereceu.

Neguei, peguei a coca e bebi bem rapidinho pra ver se acalmava a minha vontade de beijar aquele homem. A recém solteira não tem um dia de paz.

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