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CAMILA BERRIEL 

Com muito custo e paciência eu consegui levar o Felipe pra casa, com ele reclamando horrores na minha cabeça JURANDO que ele tava bom e que não precisava ir embora.

Comprei uma coca com um ambulante  e fiz o Felipe  ir bebendo pra baixar um pouco aquela cachaça dele.
Entre uma reclamação e outra, eu mandei mensagem pra Gabi avisando que eu estava levando o bonito embora e pedindo também pra ela e o Hugo cuidarem da Flavinha.

Abri o portão da casa e ele entrou reclamando ainda.

Felipe: Porque tu me trouxe pra casa, cara? —rolei os olhos sem paciência e fechei o portão assim que ele passou — Eu quero beber mais, eu preciso!

Camila: Você precisa é tirar essa saia de frufru rosa e tomar um banho frio, Felipe. — falei abrindo a porta da casa dessa vez — e se contenta com essa coca aí porque é única coisa que cê ainda vai beber hoje.

ele resmungou alguma coisa, mas eu não dei muita confiança. Tava cuidando dele porque seria incapaz de fazer o contrário, mas ainda assim eu estava bem chateada com a situação como um todo.

Fui subindo as escadas atrás dele caso precisasse escorar as costas dele pra não cair, mas apesar de bêbado ele conseguiu subir sozinho e numa boa

Camila: Consegue tomar banho sozinho ou precisa de ajuda? — perguntei quando consegui botar ele pro banheiro.

Felipe: Ta tranquilo. —respondeu colocando o celular dele perto do meu em cima da pia e olhou pra mim com um sorrisinho presunçoso na cara— Por que? Tu quer tomar banho comigo?—Colocou a mão na barra da saia e da cueca, abaixando os dois de uma vez.

Respirei fundo observando a cena e desviei quando me toquei que eu estava babando naquele idiota gostoso.

Camila: Não. —respondi rápido — Vou tomar banho no banheiro de baixo —falei saindo do banheiro e fechando a porta.

Tomei um banhozinho delicia, aproveitando pra lavar o cabelo que tava podre de suor e cerveja que jogaram pra cima durante o bloco. Fui pro quarto e dei uma secada bem mais ou menos no meu cabelo com o secador da Gabi só pra não dormir com ele tão molhado e fui ver se estava tudo bem com o Felipe. 

Ele estava guardando alguma coisa na mochila  dele quando eu abri a porta do quarto, ganhando sua atenção. 

Camila: Oi — entrei e encostei a porta. — Ta melhor? — me aproximei  e apoiei um joelho na beira da cama.

Aparentemente nem parecia que ele tinha bebido tanto. Privilegiado é ele! Porque se fosse eu, estaria mal ate agora e não teria banho frio que me salvasse assim

Felipe: To de boa. —murmurou e estendeu meu celular pra mim. Arregalei os olhos  por ter dado falta do aparelho somente naquele momento—Tu saiu com tanta pressa do banheiro que acabou esquecendo lá. 

Camila: Obrigada —agradeci pegando o celular e ignorando totalmente o tom ácido dele — Tinha nem dado falta... — apertei a tecla de bloqueio vendo algumas notificações aparecerem na tela, inclusive algumas do tal Nicolas

Felipe: Teu amiguinho te achou rápido no Instagram, ta lotando sua dm aí, desespero do caralho.  —reclamou meio putinho,  rolei os olhos e ri sem humor enquanto mexia no meu celular e ignorava o chilique dele mais uma vez. 

Camila: Tava bisbilhotando meu celular, é? —brinquei, porque apesar de tudo e do fato dele estar agindo feito um idiota, eu simplesmente ODEIO conflitos, brigas e climão. Ou eu me afasto pra sair daquela situação ou eu tento resolver na paz. 

Felipe: Como se não aparecesse na tela toda vez que alguém te manda mensagem. — falou como se fosse obvio e botou a mochila dele pro chão. 

Escutei, mas não respondi porque não queria ser grossa como ele e porque acabei me distraindo com a mensagem  que eu tinha acabado de abrir no direct. 

Segunda ChanceOnde histórias criam vida. Descubra agora