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F E L I P E   D U A R T E 

Hugo: Ficou foda hein, mano. — deu um gole na longneck de heineken enquanto observava a parte da sala e cozinha americana do meu novo apê. — Parabéns, tu merece! 

A mudança que eu achava que rolaria so daqui uns dois meses acabou rolando muito antes do que eu previa e  hoje mesmo o Hugo que tava de bobeira la em casa acabou me ajudando a subir com ultimas caixas. Não tirei praticamente nada do meu outro apê porque comprei esse aqui mobiliado, só fiz algumas trocas pra deixar tudo do meu jeito e trouxe pra cá só as paradas mais pessoais  mesmo. 

Felipe: Valeu, mano. — sorri e bebi um pouco também. — To felizão mermo!

Hugo: E a resenha de boas-vindas? — me olhou — tem que rolar hein

Felipe: Claro, po. Vai rolar! Só vou esperar passar essa semana de carnaval e a gente marca pra sábado que vem, mando la no grupo direitinho. 

Hugo: Falando em carnaval...  achei que a gente ia meter o louco nas mineiras, mas to vendo que eu vou ter concluir essa missão sozinho porque pelo jeito tu vai passar o carnaval casado né ô babaca. —bebericou a cerveja dele me olhando

De ultima hora, praticamente na semana do carnaval, pessoal cismou de alugar uma casa em Minas pra curtir o carnaval por la. Cidade perto de onde a Mila e Gabi moraram, não era cidade grande como aqui, mas a Gabi garantiu que la rolava um dos melhores carnavais que ela ja passou na vida e a programação do flyer que ela tinha mandado no grupo realmente tava muito bom e geral acabou animando. 

Felipe: Mané casado, Hugo. —bebi a cerveja também, tentando matar o assunto

Hugo: E não? —ele continuou— vamo dividir casa de novo no carnaval e tu acha mesmo que não vai pegar a Mila? —arqueou a sobrancelha— Falei que pegar mulher do bonde só dá merda né? Ta aí.  —deu de ombros

Felipe: Tu fala como se tu não pegasse a Gabi volta e meia.

Hugo: Porra, sem comparação ne moleque?! —riu como se fosse obvio — Gabi liga pra porra nenhuma não. A gente se pega na loucura, na curtição e tu sabe que é raro de acontecer. Se eu pegar uma mulher na frente dela é a mesma coisa que nada, mano.  Você e a Camila é diferente, vocês rodam, rodam, rodam e acabam juntos. Igual la no sitio, mulher la te querendo, os cara querendo ela e no final de tudo vocês não pegaram ninguém e tavam no maior love la na hora de vim embora. —riu me fazendo rir fraco e eu neguei bebendo minha cerveja. 

Felipe: To suave, mano. Ela é solteira pra ficar com quem quiser lá, eu também. 

Hugo: A cara da merda isso, papo reto.  — riu, dando de ombros. — mas na melhor da hipóteses, eu pego as mineiras por mim e por  você, faço esse sacrifício —ironizou   

Felipe: Tu e o Lucas né?! vacilão confirmou hoje no grupo que vai também. — a expressão descontraída dele se fechou um pouco e eu senti ele meio estranho. — Qual a treta entre você e o Lucas, mano? Não é de hoje que eu to reparando tu cortando ele.  

ele negou

Hugo: Não é nada, mano. — tentou ser indiferente, mas eu conheço esse cara não é hoje. Sabia que tinha rolado alguma coisa. Fiquei olhando pra ele desconfiado e ele sentiu —Sério, porra! 

Felipe: Tu mente mal pra caralho —ri, mas acabei deixando pra la. Se ele não queria dizer, eu também não ia insistir. 

Hugo: Sai dessa — riu fraco desconversando e matou o restante da cerveja dele deixando a long neck vazia na bancada. — Vou ganhar, mano. —fez um toque comigo se despedindo— tenho um caso pra estudar hoje ainda que ta comendo minha mente. 

Segunda ChanceOnde histórias criam vida. Descubra agora