Segunda Chance

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Meta do capítulo anterior batida, capítulo novo saindo! 💖

Felipe 2/2

Acabamos parando numa barraquinha de hotdog na orla da praia, ali perto de casa mesmo. O seu Chico já era conhecido nosso e o lanche dele salvava muito em final de rolê. Melhor que esperar uma eternidade pra ser atendido em outro lugar que uma hora daquela tava tudo cheio pra caralho.

Felipe: aí, qual são os planos pro carnaval esse ano? — mordi meu lanche.

Gabriela: Eu só abro mão de passar aqui por um evento muito foda, caso contrário vou passar aqui mesmo. Ainda mais que não planejei nenhuma viagem.

Hugo: Po, vou passar por aqui também, chefe. Guardar energia que porque ainda tem meu aniversário no sítio, quero geral lá hein porra. Tá mais que convidada, Camila. —ela assentiu bebendo uma coca

Camila: Se a Gabi for, eu vou sim

Gabriela: Nunca no Brasil que eu perco uma festa de aniversário do Hugo, eu acho que já tenho até carteirinha daquele sítio. Amo!

Felipe: Festa lá sempre rendendo — olhei pro Hugo rindo pelas festas mais malucas que a gente já fez lá.

Camila: Ih é polêmico nesse nível, é? Não sei se tô preparada não —riu

Hugo: Nada pô, tranquilinho. — eu, os meninos e a Gabi nos olhamos e acabamos rindo pra caralho. Não rola doideira pesada, mas sempre rende muita história.

Flávia: Já sacou que tranquilo é última coisa que aquele lugar é, né. —falou com a Camila que assentiu com um sorrisinho.

Pessoal tava chapado e cismou de ir na areia fazer não sei o que, eu não fui porque fui pagar o seu Chico. Observei a Camila parada no calçadão poucos metros a minha frente, enquanto parecia discutir com alguém numa ligação.

Saquei uns moleques indo na direção dela, eram três, aparentemente menor de idade. Eu já tô acostumado a maldar aquele tipo de situação a noite ali pela orla, ficava perigoso ainda mais pelo horário. Ela desligou a celular e ficou moscando com ele na mão, digitando alguma coisa.

Percebi que eles estavam na maldade e me apressei pra chegar nela antes, já cheguei passando o braço pelo ombro dela que se assustou um pouco.

Felipe: Esconde esse celular e me acompanha — pedi e apesar de estranhar, ela colocou o celular no bolso da frente da minha calça e foi andando comigo abraçado nela.

Chegamos pro canto da calçada, perto da areia e eu a virei de frente pra mim, puxei ela pra perto de mim pela cintura e continuei com a mão ali enquanto observava os moleques passando.

Eles olharam pra gente, comentaram entre eles, dava pra saber que estavam na má intenção mas acabaram passando direto. E a poucos metros, depois que passaram por nós, arrancaram com brutalidade o cordão do pescoço de uma mina que estava lanchando em pé ali perto, depois sairam correndo.

Camila: Meu Deus, coitada! —falou um pouco assustada olhando a cena e me olhou em seguida. Foi louco a tensão que eu senti ali olhando ela nos olhos, me passou uma sensação que não soube explicar, observei sua boca entreaberta e soltei sua cintura me afastando quando me peguei pensando na vontade repentina que me deu de beijar ela.

Camila: Como você percebeu? Eu nem tinha visto eles vindo.

Felipe: Tem que ficar ligada, morena. —me afastei um pouco dela e encostei no quiosque ali perto que estava fechado, tirei o celular dela do meu bolso e estendi pra ela que o pegou de volta— Aqui rola isso direto, po.