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FLAVIA DUARTE 

Dias depois...

Olhei pro Felipe sentado do meu lado e comecei a rir vendo o tremelique na perna dele que não parou um minuto desde que chegamos aqui na clinica, a mais ou menos vinte minutos.

Era pra ser uma coisa rápida, nem precisava do Felipe vir comigo mas não adiantou nada eu falar isso pra ele porque ele fez um DRAMALHÃO falando que eu não podia impedir ele de vim ver o sobrinho dele de jeito nenhum. Vê se pode uma negócio desses!

E cá estamos nós.

Viemos fazer mais uma ultra pra saber o sexo do bebê. No caso eu vou continuar sem saber né, ja que o resultado irá ficar com a mãe do Lucas e só será revelado no chá-revelação daqui a exatos 16 dias.

Flavia: Numa estala de zero a dez, qual a chance de você roubar o resultado da mão da tia Val e sair correndo? — perguntei rindo e ele riu antes de me olhar.

Felipe: Porra, to ansioso pra caralho mesmo. —descruzou os braços e relaxou o corpo na cadeira. — Mas nem é tanto pelo resultado, é porque eu vou ver ele naquela telinha lá. Escutar o coração... essas coisas. —eu ri

Ri porque além de sentir essa sensação gostosa de tranquilidade ao ouvir ele falar assim do bebê, eu também acho muito bonitinho. Esses dias mesmo ele apareceu la na minha mãe carregado de bolsa com presentes. Tinha roupinhas, brinquedos, coisinhas de higiene...

Eu tive que rir quando vi ele entrar com aquele tanto de coisa, mas eu fiquei tão feliz que até chorei. Não pela quantidade de presentes, mas pelo gesto. E por tudo que aquilo significa pra mim.

Flavia: Obrigada por estar aqui comigo, você sabe que nem precisava né... mas obrigada mesmo assim. —ele passou o braço pelo meu ombro, me abraçando de lado

Felipe: Sempre, pirralha! — deu um beijo no minha cabeça.

Valquíria: Essa médica ta demorando, não? — a mãe do Lucas voltou do banheiro e parou perto da gente.

É, e seu filho também!!!

Engoli minha vontade de responder isso por ele não ter chegado até agora aqui na clínica, mesmo me prometendo que viria.

Flavia: A recepcionista avisou que a ultima paciente dela teve um atraso e acabou atrasando a minha consulta também, mas pela hora ja deve estar acabando. — respondi com educação e boa vontade, até porque a tia Val sempre me tratou muito bem e ela também não tinha culpa da irresponsabilidade do filho.

Valquíria: É, acho que é a ansiedade de vó que ta me deixando assim! —sorriu, e fez um carinho no meu rosto. — E o Lucas? Nada ainda?

Do meu lado, o Felipe soltou um riso irritado e eu sabia muito bem o motivo do silencio dele até agora. Ele praticamente cresceu na casa da tia Val e obviamente que também tinha muito carinho por ela e pelo tio João, pais do Lucas. E assim como eu, não quer dar a ela uma resposta que o filho dela que merece.

Valquíria: Moleque... — se referiu ao filho quando eu neguei que ele tivesse chegado e bufou, discando provavelmente o numero dele no celular.

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