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FELIPE DUARTE 

Vi o Lucas cambalear pra trás e cair apoiado na parede depois que eu acertei o primeiro soco no seu rosto fazendo os ossos da minha mão doerem. Não satisfeito, fui pra cima dele de novo, mas fui impedido de acertar outros socos pelo Hugo que me agarrou por trás, me tirando de perto do Lucas.

Nada do que o Lucas tentou me explicar sobre ele e a Flavia antes disso  foi capaz de diminuir, minimamente, a raiva que eu estava sentindo no momento. Quando vi ja tinha  virado o soco nele e querendo mais até que minha raiva passasse. Filho da puta, mentiroso do caralho! 

Hugo: Felipe, não!! —empurrou meu peito pra trás, quando eu peitei ele tentando ir pra cima do Lucas de novo que se levantava do chão meio tonto, passando a mão pelo maxilar —Não perde a linha, irmão. 

Felipe: Perder a linha é o caralho, Hugo. Vai tomar no cu! É da minha irmã que a gente ta falando! — falei sentindo a raiva tomar meu corpo todo, esquentando meu pescoço e o peito.

Minha respiração tava totalmente desregulada, meu coração parecia que ia explodir dentro do meu peito e eu sentia meu corpo tremer internamente, como se eu fosse realmente explodir a qualquer momento.

Hugo: Eu sei, porra. Eu sei! —falou na mesma altura que eu, segurando minha cabeça entre as mãos , olhando no meu olho. — Mas se tu não controlar essa tua raiva agora, tu vai matar ele porra. Olha o jeito que tu ta, caralho! Pensa!—sacudiu minha cabeça, tentando me trazer de volta pra realidade

empurrei ele e me soltei, enchendo meu pulmão de ar e vendo alguns caras entrarem correndo no vestiário pra saber o que tava rolando.

Felipe: Eu sempre avisei esse filho da puta, caralho! —falei irritado e passei a mão pelo cabelo— sempre avisei a todos vocês sobre a minha irmã e esse fodido fazendo tudo nas minhas costas?! Pra pegar minha irmã escondido é homem pra caralho né, mas pra assumir essa porra... —ri irritado pra caralho

O Hugo ficou em silencio e respirou fundo, sem falar nada. Observei em volta e tinha uns caras na minha volta querendo saber do caô e outros em volta do Lucas que tinha um corte no canto da boca e levava o sangue na pia.

Lucas: Eu não queria que fosse assim, mano. —abriu os braços e eu senti a raiva voltando mais forte

Felipe: Moleque —me virei na direção dele — Tu nem abre essa tua boca pra falar comigo, que eu to me controlando pra não voltar aí e arrebentar essa tua cara toda! —falei tentando passar pelo Hugo, mas o infeliz acompanhou meus movimentos me impedindo de avançar e empurrou meu peito pra trás — Sai, porra. —dei um tapa na mão dele, tirando de mim

Hugo: Chega, caralho!!! —falou firme— aqui não é lugar pra isso 

Felipe: Não? —perguntei com ironia e franzi a testa— Aqui me parece um ótimo lugar pra eu arrebentar esse filho da puta de porrada. 

Hugo: E expor mais a tua irmã? — falou mais baixo, tomando cuidado pra que os outros caras não ouvissem e isso me fez parar. —Eu sei que cê ta puto, entendo sua raiva. Mas pensa na Flavia e no nome dela rodando na boca desses caras. Alguns deles estão aqui só por curiosidade, só pra comentar essa porra depois.  

Travei o maxilar entendendo o ponto de vista do Hugo e mesmo assim cheio de ódio ainda. 

Hugo: Bora la pra fora, vai. Resolve isso depois, ja deu isso aqui!

Segunda ChanceOnde histórias criam vida. Descubra agora