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C A M I L A     B E R R I E  L

Acordei sentindo a ardência de um tapa na minha bunda e resmunguei abrindo os olhos e vendo a Gabi sentada na beira da cama que eu estava.

Gabriela: Acorda princesa! —sorriu. Ela estava até com a parte de cima do biquíni já—  bora agir essa vida, botar um biquíni que o dia ta lindão e a cachoeira ta implorando por nós.

Camila: Mais cinco minutinhos. —murmurei enrolando na cama, puxando a coberta e morrendo de preguiça. E olha que eu AMO cachoeira.

Gabriela: Uma porra!!! —  resmungou paciente como sempre. — Bora, Camila. Vai dar meio-dia jajá e você morrendo nesse quarto.

Bufei e passei a mão debaixo do travesseiro pra pegar meu celular, meu coração gelou e eu sentei num flash na cama quando percebi que meu celular não estava ali e eu não fazia a MENOR ideia de onde ele estava, ainda mais pelo estado que eu estava ontem.

Camila: Meu celular! —falei rápido e passei a mão no rosto, ja pensando no ferro que eu tinha tomado por perder o celular e o pior é que eu ainda estava pagando. — Que merda, acho que perdi meu celular ontem.

Gabriela: Não perdeu não. —levantou e foi até uma cômoda que tinha no quarto e voltou com meu celular em mãos  e eu respirei aliviada — Felp guardou pra você ali em cima ontem. Irmã, tu deu um PT sinistro, cheguei aqui você tava apagadona.

Camila: Ai, não fala não! —ri de vergonha lembrando de alguns flashs de ontem, principalmente da parte que eu estava com o Felp. — Pior é que foi bem na hora que eu tava com o Felp. Ai, que mico, juro.

Gabi me olhou

Gabriela: Mas vocês estavam... — falou em tom sugestivo e eu assenti mesmo sem ela ter terminado de concluir a fala dela porque queria evitar mais a vergonha e o que ela fez? ela GARGALHOU da minha cara. Que ódio, gente —Camila do céu, não acredito! — disse entre risos

Camila: Nem eu. — choraminguei e apertei o travesseiro na minha cara.

Gabriela: Então quer dizer que esse tempo de vocês dois foi com Deus né, meu casal ta vivíssimo.

Soltei o travesseiro e a olhei.

Camila: Sei não, a gente nem conversou... deixa rolar, como diz a vó Naná: não vou botar a carroça na frente dos bois.

Gabriela: Aiai vocês... —negou com a cabeça. — Quer que eu te espere pra descer? — mudou de assunto e eu neguei

Camila: Precisa não. —me levantei e comecei a arrumar a cama. — vou acabar aqui, tomar um banho e desço.

Gabriela: Demora não, chegou um pessoal super maneiro aí e estão agitando um churrasco la na cachu pra matar a carne que sobrou — a olhei

Camila: Que pessoal? —estranhei porque a festa tinha sido ontem, e a maioria iria embora hoje cedo.

Gabriela: Maju, Pedro, Priscilla... —ela começou a citar os nomes, mas como eu não conhecia ninguém acabou desistindo. — Uns amigos do Hugo. — resumiu e eu assenti

Camila: Ta bom, ja desço. — ela assentiu e foi saindo do quarto

Acabei de arrumar a cama, tomei um banho fresquinho, escovei os dentes porque ainda tinha um gosto de bebida na minha boca que tava me enjoando, vesti um maiô preto e um short jeans por cima, calcei minha havaiana branca, borrifei um perfuminho depois de passar o desodorante e o hidratante e sai do quarto ouvindo o som do pagode que tocava la em baixo ecoar pelo corredor da casa.

Assim que eu botei os pés no andar de baixo vi uma criança entrar correndo pela porta da sala e assustei quando ele "trombou" comigo e correu pra trás de mim abraçando minhas pernas tentando se esconder  e sendo seguida por mais dois nenes  um pouco mais novos que ainda tentavam se equilibrar enquanto corriam atrás dele, mas acabaram passando direto pela varanda afora sem entrar na casa.

Segunda ChanceOnde histórias criam vida. Descubra agora