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CAMILA

Felipe: Ih, mato e morro pela minha coroa e minha irmã, ta maluco. Compro qualquer briga delas mesmo, sempre foi assim e sempre vai ser. — sorri escutando ele falar sobre elas. Felipe tinha inventado de pedir um japa e a gente acabou abandonando a cerveja pra beber o restante de um vinho que ele tinha em casa. A cara da merda né.

A gente engatou uns papos sobre a vida enquanto comíamos e bebíamos o vinho e aquele assunto me deixava bem pensativa. Era impossível pra mim falar sobre família e não lembrar da briga péssima que eu e meu pai tivemos e a forma triste de como nos afastamos.

Camila: Você deve ter uma relação muito maneira com a sua mãe né, da pra ver pelo jeito que você fala dela. Da até uma invejinha de você —ri fraco — mas não é uma inveja ruim não ta?! eu só acho muito bonito mesmo.

Felipe: Tu não se da bem com teus pais? — perguntou antes de comer um hot filadelfia.

Camila: Ah —dei de ombros— eu amo a minha mãe, nossa relação sempre foi boa, mas com meu pai... —desviei o olhar pra observar qualquer outro ponto da sacada— ele é complicado. Nossa relação nunca foi das melhores e agora então... só piorou.

Felipe: Eu não posso dizer que te entendo porque minha relação com meus pais sempre foi muito tranquila, a gente sempre foi muito ligado um no outro. Mesmo depois que meu pai morreu a gente ainda se fortaleceu mais, mesmo sendo difícil pra caralho lidar com a falta dele. E de lá pra cá é só nós três pra tudo, sempre.

Camila: Também não posso dizer que te entendo —falei com uma pontinha de inveja e tristeza por não ter tido a sorte de ter uma convivência dessa, principalmente por culpa do meu pai. — Mas eu admiro. Muito!

Felipe: Eu não sei o que rolou entre vocês, mas contigo morando longe talvez sua relação com seu pai melhore. Ja aconteceu isso com um colega meu. —eu ri.

Camila: Quase impossível.

Felipe: Deu ruim assim? —assenti

Camila: Ele me expulsou de casa. — falei como se fosse a coisa mais natural do mundo e bebi o vinho, mas só eu sei como eu estava me esforçando pra ser não parecer abalada.

Felipe: Ih caralho. —riu— Tava tacando o terror em Minas, morena? —me encarou e abriu um sorrisinho de deboche que me fez rolar os olhos e travar o riso. Idiota!

Camila: Se manca, ta? —dei um tapa no ombro dele que riu se recostando na cadeira e Contei por alto sobre o motivo que me fez ser expulsa de casa, omitindo a parte do aborto. Aquele assunto era definitivamente o top 3 de assuntos que eu não queria falar com ninguém e eu tentava o ignorar sempre.

Felipe: se pá teu pai assistia muito aquela novela da Globo. Aquela la da India que rolava esses lance de casamento arrumado pelos pais. —eu acabei rindo— Serio, que porra é essa, ta maluco. —ele riu negando com a cabeça.

Camila: Se eu te contar tudo... —ri e molhei o sushi no molho pra comer. —Hm, acho que é por isso que eu to me adaptando tão bem aqui. A liberdade que eu tenho aqui é surreal. Parece que finalmente eu to podendo ser quem eu sou e fazer o que eu quero. Não tem dinheiro no mundo que paga isso, juro.

Felipe: Eu senti um pouco disso quando vim morar sozinho —sem que eu esperasse ele puxou uma perna minha e pôs em cima do colo dele e começou a fazer um carinho gostosinho. — Imagino você vivendo tudo isso assim.

Camila: Eu sinto que to começando a viver a minha melhor fase, sabe? Sensação gostosa demais. —respondi sentindo ele intensificar seus toques na minha perna e analisando o jeito que ele olhava.

Felipe: Tem um monte de sensação gostosa ainda pra tu sentir, Mila. — Piscou. O olhar baixo dele por efeito do beck e a voz dele que agora estava um pouco mais rouca me fez viajar nele.

Camila: É? —o encarei na mesma intensidade e observei o olhar dele queimar sobre mim. Ele assentiu. Eu juro que não sei que magnetismo é esse que o olhar dele me traz, mas foi isso que me deu coragem de levantar da cadeira e sentar no colo dele, o encarando. —E é você que vai me fazer sentir alguma delas? — perguntei completamente movida pelo tesão repentino que o olhar e o toque dele me causou.

Ele sorriu de canto e desviou o olhar de mim rapidamente observando o lugar antes de voltar a me encarar nos olhos.

Felipe: Ta caçando problema né, morena? —alisou minha costas e parou na minha bunda

Camila: Tô? — me fiz de desentendida e sorri de um jeito que fez ele rir fraco e negar com a cabeça. Felipe subiu a mão pelas minhas costas até chegar no cabelo. Ele passou meu cabelo todo pro lado e beijou meu pescoço, me fazendo arrepiar e fechar os olhos. Ele seguiu dando alguns beijos por ali, chupou a ponta da minha orelha e deu uma mordida.

Felipe: Pra caralho! — Respondeu. Aquela voz rouca sussurrada no meu ouvido não me ajudou em nada, só me deu mais vontade ainda. — Não me provoca assim não, Camila. —apertou a minha coxa com a mão livre e afastou a boca do meu pescoço, recostando as costas na cadeira. O encarei.

Camila: Porque? —perguntei me ajeitando no colo dele, e sim, fiz questão de sentar por cima do pau dele coberto pelo tecido fino da bermuda. Sorri quando a respiração dele pesou e ele agarrou minha bunda com mais força.

Felipe: Porque a gente bebeu pra caralho, e tem 50% de chance de você nem lembrar disso direito amanhã.

Camila: Eu quero confiar nos outros 50% então. —respondi contra sua boca e chupei seu lábio o encarando em seguida.

Felipe: Filha da puta! —xingou baixinho e eu sorri antes dele me puxar pela nuca e me beijar com desejo.

Aiai esses dois

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Aiai esses dois...

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