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F E L I P E  D U A R T E 

O dia ainda estava amanhecendo quando eu saí pra correr, eu tinha que dar um jeito de esvaziar minha mente de alguma forma e me exercitar me ajuda demais nisso. 

Coloquei meu fone na orelha, soltei minha playlist e aumentei o volume na esperança que aquela musica abafasse o barulho dos meus pensamentos. Se eu pensasse demais naquela porra, eu iria voltar pro fundo do poço de onde eu demorei ANOS pra sair. 

Alguns anos atrás...

Jade: Você acha que vai ser menino ou menina, amor? —perguntou deitada comigo  na cama enquanto eu acariciava sua barriga ainda sem nenhuma curvatura por conta das poucas semanas de gravidez. 

Felipe: Não sei, amor —respondi com um sorriso bobo nos labios. — Não me importa mais, se vier com saúde e com seus olhos ja ta bom demais. — beijei a barriga dela e  ela sorriu

Jade: Você é o melhor pai que essa criança poderia ter. A gente te ama muito!

Balancei a cabeça na tentativa de expulsar aquelas memórias e aumentei o ritmo da corrida, correndo por quase vinte minutos.

Diminui o ritmo da corrida e fui até a areia, deixei minhas coisas dichavadinha ali perto de forma que eu conseguisse ver do mar e fui até lá dar um mergulho. 

Fiquei um tempo lá, mas não demorei muito porque ainda iria pegar estrada agora de manhã pro sítio do Hugo, então não poderia atrasar.

Passei no quiosque de sempre e pedi um côco. Melhor pós-treino possível, uma água de côco bem gelada. Me amarro, papo reto.

Enquanto o Sr Antônio abria o côco eu fui dar uma olhada no Instagram. Como de costume já tinha algumas curtidas no story que eu postei da corrida e algumas respostas na DM também, sendo a Jade uma delas. Suspirei abrindo a mensagem dela.

 Suspirei abrindo a mensagem dela

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Flashback on ⏪⏪

Boa parte da família estava comemorando a notícia quando a Jade saiu de fininho indo em direção ao corredor onde, se não me falha a memória, ficava um lavabo. Esperei alguns minutos, falei com minha mãe que ia no banheiro e fui atrás da Jade, precisava perguntar aquilo olhando nos olhos dela. 

Dei sorte porque assim que eu cheguei, ela estava fechando a porta pra voltar pra sala. Segurei ela pelo braço e saí puxando ela comigo, mas sem brutalidade nenhuma 

Felipe: Vem cá. 

Jade: Ta maluco, Felipe?!—sussurrou enquanto eu levava ela pra fora, pela saída dos fundos—  Me solta! 

Ela se soltou num solavanco assim que chegamos na parte de fora da casa. 

Jade: O que que você quer comigo? —falou num tom irritado, ajeitando seu vestido

Segunda ChanceOnde histórias criam vida. Descubra agora