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Gabriela

Depois de toda a situação com a minha tia lá na sala, eu subi pro segundo andar e fui pra varanda. Acendi um cigarro e traguei soltando a fumaça devagar em seguida, apreciando a vista daqui de cima.

Amo a agitação do Rio de Janeiro, mas confesso que as vezes eu daria tudo pra ter essa calmaria de cidade pequena. Principalmente depois de um dia estressante no trabalho ou de um trânsito quilométrico.

Pluguei meu fone no celular, soltei uma playlist levezinha no Spotify e fiquei curtindo um  ventinho gostoso que batia ali me fazendo esquecer completamente da hora.

Despertei dos meus pensamentos quando recebi a mensagem da Mila no whats.

Ela me mandou um áudio com voz de choro falando por alto sobre o papo dela com o Thiago e também sobre o pai dela estar esculachando ela desde que ele chegou em casa e a fazendo se sentir péssima

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Ela me mandou um áudio com voz de choro falando por alto sobre o papo dela com o Thiago e também sobre o pai dela estar esculachando ela desde que ele chegou em casa e a fazendo se sentir péssima.

Levantei, passei no quarto que eu estava dormindo peguei a chave do meu carro e fui pra garagem. Liguei o carro e fui até a casa da minha prima.

Estacionei em frente a casa dela e desci. Toquei a campainha e esperei alguém me atender. Do lado de fora eu já conseguia ouvir a discussão alta lá dentro. A tia Cláudia, mãe da Camila, me atendeu mas não me deu espaço para entrar.

—Gabi! —ela meio que sussurrou e veio pra fora segurando a porta atrás de si— Eu sei que você veio ver a Camila, mas agora não é uma boa hora meu amor. O Roberto ta muito estressado e você sabe como ele é...

—Tia, me desculpa, mas foi a Mila que me mandou mensagem e eu sei que ela tá mal. Eu só vim buscar ela pra dormir lá na vó, ela vai ficar melhor  lá.

—Gabriela... —ela suspirou e eu juntei as mãos em sinal de súplica

—Por favorzinho, tia! Ela precisa de mim.

Ela concordou a contragosto e foi abrindo a porta.

—Eu vou deixar você entrar porque eu sei o quanto vocês são importantes uma pra outra, mas por favor Gabriela, não cria caso com seu tio.

—Aí também eu não posso prometer. —respondi com sinceridade e a tia Cláudia arqueou a sobrancelha fechando a porta novamente.

—Por mim, por favor! Eu não aguento mais essa situação por hoje! —ela pediu em tom realmente de cansaço emocional e eu  suspirei me dando por vencida.

—Tuuudo bem! —ergui os braços em sinal de rendição— Vou ficar na minha.

Ao entrar pela porta, eu ouvia do corredor a Camila se explicando pro pai dela com a voz alterada, era a primeira vez na vida que eu ouvia a Camila levantar a voz dentro daquela casa ou contestar o tio Roberto.

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