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Camila

Acordei com uma dor de cabeça insuportável, ja haviam me falado que a ressaca de vinho é a pior de todas, mas agora sentindo minha cabeça latejar eu pude comprovar isso. Demorei alguns segundos para assimilar aonde eu estava e depois de analisar rapidamente o quarto as memórias de ontem me acertaram em cheio e tudo fez sentido.

Meu celular não estava comigo e eu não tinha nem noção de que horas eram quando me sentei na cama, só sei que acordei sozinha no quarto do Felipe e por um segundo me questionei se ele estava em casa ou não. Catei meu short no chão e segui pro banheiro do quarto dele, troquei de roupa e ri comigo mesma ao lembrar que a minha blusa ainda deveria estar jogada em algum canto da sala. Gente que loucura foi aquilo ontem? Meu Deus.

Ao ver o meu reflexo no espelho do banheiro as lembranças só ficaram mais claras e vivas na minha memória. Eu estava toda dolorida, mas não tinha do reclamar, era uma dor gostosa de sentir e além disso tinha valido a pena.

Prendi meu cabelo como pude fazendo um coque alto e saí do banheiro vendo o Felipe no quarto colocando o celular dele pra carregar. Misericórdia, eu tinha deixado as costas dele muito marcada.

Ele olhou pra trás ao ouvir o barulho da porta e eu devo ter corado de vergonha quando o olhar dele me encontrou.

Camila: Bom dia?! — perguntei meio na dúvida eu não fazia ideia mesmo de que horas eram.

Felipe: Bom dia. —ele me analisou sutilmente com o olhar, eu ainda usava sua blusa que tampava um pouco o short que eu vestia por baixo. Depois voltou a me olhar nos olhos de forma mais intensa me deixando um pouco tímida

Camila: Para de me olhar assim. —ri de sem graça e falei depois de desviar meu olhar dele.

Felipe: Assim como? —se fez

Camila: Você sabe como. — O olhei. Ele umideceu os lábios e deu uma risadinha. — Que foi?

Felipe: É que é até engraçado te ver assim com vergonha, ontem tu tava toda soltinha po.

Camila: É diferente né, Felipe. —ele continuou me olhando com aquele sorrisinho de puto na cara, me deixando com a cara queimando mais ainda. —Para, cara! —ri e dei um tapa de leve no braço dele que se afastou rindo.

Felipe: Parei, pô. —levantou os braços em rendição ainda sorrindo e pegou alguma coisa na escrivaninha dele —Teu celular! —esticou o braço pra me entregar o aparelho —Tava la na mesinha da varanda.

Camila: Obrigada. —apertei a tela de bloqueio pra ver as horas e ja passavam das nove e meia — Você perdeu a hora do trabalho?

Felipe: É... —concordou— mas dá pra ficar de home office agora de manhã, as coisas que eu tenho pra resolver pessoalmente la na agência pode ser depois do almoço então ta tranquilo.

Camila: Entendi, que bom então! —senti minha cabeça latejar e afrouxei um pouco o coque do meu cabelo. — Hm, não tô querendo abusar de você, mas eu preciso de um comprimido. Minha cabeça tá explodindo!

Felipe: Tem la na cozinha, bora lá. —Ele foi saindo na minha frente e eu fui logo atras

Sentei na banqueta da cozinha e observei ele revirar uma caixinha pequena onde ficava alguns comprimidos. Fiquei um tempo ali viajando nas tatuagens dele e nas marcas que eu tinha deixado em suas costas, até ele se virar e se aproximar de mim com o comprimido e um copo de suco na outra mão.

Felipe: Tava olhando o estrago que tu fez nas minhas costas? —ele tinha aquele sorrisinho presunçoso nos lábios. —É suco de goiaba, tu curte? — Assenti e ele me entregou o comprimido e o suco.

Segunda ChanceOnde histórias criam vida. Descubra agora