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CAMILA

Felipe: Êeee cachaça! —veio me pentelhando e rindo da minha cara enquanto me dava a mão pra levantar do chão. —Tu tem que beber mijo, Camila. Álcool não dá pra você não, ta doidona.

Camila: Para de brigar comigo, Felipe, que saco. —choraminguei com a voz embargada de choro. De todos os meus defeitos ser emotiva demais era o que eu mais odiava, ainda mais em situações como a de agora. —Não queria ficar assim, meu Deus por que que eu bebi tanto??? — limpei desajeitosamente com a mão as lágrimas que desciam no meu rosto.

Felipe: Ou, olha aqui —segurou meu rosto pra que eu o olhasse. —Eu não to brigando contigo não, cara. Só to achando engraçado, po, nunca te vi assim antes.—  Limpou a lagrima que eu não tinha conseguido limpar e analisou meu rosto rapidamente — Na moral que que tu bebeu cara?— riu

Camila: Tudo que tinha lá —respondi me lembrando vagamente dos vários shots que viramos — E tinha TANTA coisa, Felipe, aff— fiz bico com o olho cheio de lagrima de novo, querendo voltar a chorar e ele gargalhou da minha cara, dei so um empurrão nele, idiota.

Camila: Sai, Felipe. Você me odeia cara, olha só como você ta rindo de mim, eu nunca faria isso com você, que saco.—  ele que ja estava rindo, riu ainda mais mesmo tentando parar. Que odio meu Deus

Felipe: Para, caralho —falou ainda entre risos, me puxando de volta.— Vem cá,  Fica aqui no meu apartamento.

Camila: Não. —fiz um pouquinho de drama sim, eu sou um neném poxa. Abri o whats e a Gabriela enfim tinha me mandado a senha correta. —Gabi ja me mandou a senha

Felipe: Olha teu estado, Camila.— insistiu, agora mais preocupado, enquanto eu digitava a senha do apê. — Ta maluca que eu vou te deixar aí sozinha desse jeito, não viaja po, sério.

A porta destravou e eu a abri e só então voltei a olha-lo, que ainda me olhava de volta com a mesma cara de preocupação.

Felipe: Fica comigo. —pediu. Sem nenhum ar de sacanagem, foi perceptível que era puro cuidado mesmo.

Camila: Fico. —respondi sorrindo vendo um pequeno sorriso se formar em seu rosto. —Mas aqui em casa, não na sua.— ele rolou os olhos divertidamente, mas acabou aceitando.

Fiquei no sofá esperando ele voltar da casa dele. Eu sentia tudo girar, então fechei os olhos pra ver se passava um pouco

Felipe: Ta sentindo algum enjoo, essas paradas? — escutei a voz dele na sala, depois de um tempo e abri os olhos vendo ele vir na minha direção com uma garrafinha na mão

Camila: To um pouco, mas não a ponto de querer vomitar. —ele agitou e me entregou a garrafa e eu li "engov after"

Felipe: Pra tu não acordar morrendo de ressaca amanhã. —Piscou e eu agradeci. Fiz careta ao sentir líquido gelado descer a minha garganta, parecia suco de limão mas ainda assim tinha aquele gostinho de remédio. E eu sou péssima pra tomar remédio.

Camila: To podre, preciso de um banho. —me levantei vagarosamente do sofá, e virei de costas pro Felipe tirando meu cabelo das costas e o colocando pro lado. —Desamarra pra mim?

Eu tava com um body cheio de amarração nas costas, iria tomar uma coça pra tirar sozinha. Ele me ajudou e eu virei de frente pra ele.

Camila: Obrigada. —Agradeci novamente e dei um beijo no seu rosto. —Vem. —puxei ele pela mão em direção meu quarto

Peguei uma calcinha e um conjuntinho de pijama no guarda-roupa e o controle do ar em cima da mesinha.

Camila: Fica a vontade aí, ja volto. —entreguei o controle do ar pra ele e ele aproveitou pra segurar minha mão.

Segunda ChanceOnde histórias criam vida. Descubra agora