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CAMILA 

Fiquei confusa quando o Felipe virou o carro e entrou num condomínio onde ele tinha  a chave de acesso do portão eletrônico, mexeu com o segurança da guarita e continuou o caminho como se tivesse costume de estar ali sempre. 

Camila: Onde a gente ta, Felp? —perguntei quando ele colocou o carro na garagem.

Felipe: Confia. — Tirou o cinto e me deu um selinho antes de destravar a porta. —Bora? 

Apenas concordei e desci do carro com ele, esperamos o elevador, entramos nele e o Felipe colocou o numero do andar. Ele passou o braço pelo meu pescoço, beijou minha cabeça e eu o abracei pela cintura. 

Camila: Aqui não é a casa da tua mãe não né? —ai, não aguentei. Tava passando até mal já só de pensar nessa possibilidade e torcendo pra ele dizer que não. Gente, socorro. 

Ele franziu a testa ao me olhar 

Felipe: Ih, qual foi?! —riu— Relaxa esse teu coração aí que não é hoje que tu vai conhecer tua sogra não. Tem que comer muito arroz e feijão ainda, filhona. — disse com ironia e eu ergui a sobrancelha

Camila: E quem te disse que eu quero tua mãe como sogra? —o encarei com deboche— Quem tem que comer arroz e feijão aqui é você. 

Felipe: Ih! —ele soltou uma gargalhada tão gostosa que me fez rir junto e me beijou, juntando meu corpo no dele. 

Foi um beijo calmo, leve, com toques, mas sem aquele fogo todo como de costume e igualmente gostoso. Eu viajo muito no beijo desse homem, meu Deus!

O elevador parou e se abriu, fazendo a gente finalizar o beijo. Ja demos de cara com um hall do apartamento e ele digitou a senha novamente pra abrir a porta. Era um apartamento lindo na cobertura, moderno, muito bem mobiliado e decorado e tinha uma vista maravilhosa da pedra da Gávea. 

Camila: Nossa, Felipe, que apartamento lindo! —disse observando a vista da área gourmet e me virei pra ele que estava sorrindo. —Quem mora aqui?

Felipe: Parceiro meu. — falou andando na minha direção. — Ele, a mulher e a filha na verdade! —explicou, e apesar de ser tudo lindo, eu ainda não entendia o que a gente estava fazendo ali. —Ele é engenheiro de produção da Toyota e foi transferido pro Estados Unidos, tava querendo me passar essa cobertura mobiliada e tudo. —explicou, mas o seu tom de voz era meio que de dúvida

Camila: E você não quer? 

Felipe: Na verdade, eu assinei o contrato da compra com ele ontem. —sorriu e cocou a nuca

Camila: FELIPE! —Sorri e  ja fui abraçando ele, dando os parabéns. Eu fiquei TÃO feliz por ele, nossa. —Meu Deus, que incrível véi, parabéns! 

Felipe: Valeu, Mila. —agradeceu cheirando meu pescoço e nos soltamos. —To felizão mermo. — ele tava com aquele sorrisão largo na cara, coisa mais linda. 

Camila: E você se muda quando?  Mal cheguei lá no prédio e você já vai me abandonar. — fiz bico e ele riu

Felipe: Ih, que nada. Ainda vou demorar uns meses pra vim de vez! Ele ainda vai tirar algumas coisas mais pessoais que eles vão levar.  Assim que tiver tudo certo mesmo e ele me entregar a outra chave, eu vou dar uma ajeitada aqui do meu jeito e aí sim eu venho morar aqui. Papo de uns três meses...

Camila: Mas e o outro apartamento, vai vender?

Felipe: Nem precisei, graças a Deus! Eu ja tinha um valor no banco que eu sempre juntei justamente pra comprar algo um pouco maior, e aí eu dei de entrada aqui e quase quitou tudo, ele me vendeu muito abaixo, saiu quase dado. Mais um ano e meio de prestação e ta tudo pago.

Camila: To muito feliz por você Felp, de  verdade. — eu fico toda bobinha com as conquistas das pessoas que eu amo, é tão bom ver as pessoas conquistando seus sonhos, ai que felicidade. 

Ele sorriu e estendeu a mão pra mim.

Felipe: Vem, quero te mostrar uma parada. —segurei a mão dele e fui seguindo com ele pra dentro do apartamento de novo.

Entramos em uma das suítes, passamos por dentro do closet e ele abriu a porta do banheiro onde o teto na parte por cima do box era de vidro e dava uma  visão ampla incrível do céu ensolarado.

Camila: Núu, véi!!! Que isso! —falei admirada observando o céu e escutei ele rir.

Felipe: Daora né? —concordei

Camila: Cê tá doido, imagina isso a noite com o céu estrelado.

Ele me puxou pra ele, olhou no meu olho e passou meu cabelo pra trás das costas, alisando meu rosto.

Felipe: Imagina você aqui, a gente tomando uma ducha nesse box e eu te  fazendo um privilégio do caralho daquele jeitão que tu se amarra enquanto tu olha o céu estrelado...

Meu olhar desceu pra boca bem desenhada dele, e quando voltei a olha-lo nos olhos ele já sabia, assim como eu, que poderia fazer o que quisesse comigo, e assim ele fez.

Me puxou pela nuca e nossas bocas se encontraram rapidamente, A língua dele passeando pela minha, chupando meu lábio e a mão dele me prendendo mais em seu corpo enquanto a minha invadia sua blusa e acariciava suas costas. Escutamos e ignoramos o toque do celular dele até onde deu, mas a insistência fez a gente se afastar.

Felp: Quié —ele atendeu puto e eu ri, saindo de dentro daquele banheiro e indo lá pra varanda tomar um ar.

Um tempo depois ele apareceu por lá.

Felipe: E aí, bora? — concordei e sai do apartamento com ele.

Felipe: Cinco horas da tarde e ainda tá quente pra caralho, porra. —reclamou quando descemos do carro já na garagem do nosso prédio.

Camila: Ai, tá demais. Tô até com inveja desse povo todo na praia. — o elevador que eu tinha chamado chegou e a gente entrou.

Felipe: Inveja por que, pô?! Praia aqui na frente... Quer ir dar um mergulho? —o olhei — Eu tô afim pra caralho.

Camila: Pode ser, só vou tomar um banho primeiro. —saímos do elevador e fomos em direção aos apartamentos

Felipe: Jaé, te espero. —falou olhando o celular e eu digitei a senha da porta —Aí, acho que deixei meu carregador lá no teu quarto, me salva aí.

Abri a porta e dei espaço pra ele entrar.

Camila: Pega lá, vou tomar um banho rapidinho. Bate a porta quando sair. — ele foi em direção ao quarto e eu fui direto pro banho porque não estava suportando mais aquele calor do Rio de Janeiro.

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