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FELIPE DUARTE

Passei a mão no rosto, me livrando das lagrimas e percebi que minha mãe não está na sala mais. Provavelmente saiu pra deixar a gente conversar.

Felipe: Tu me perdoa? —perguntei olhando nos seus olhos, demostrando que é de verdade o meu pedido. — Te juro que não era minha intenção te magoar e... —minha voz  falha no final da frase, a deixando incompleta

Flavia: Não precisa justificar, eu escutei a conversa toda de vocês — solta um riso no meio da lagrima que ela limpa depressa com as costas da mão. —Eu te entendi e eu te perdoo também. Não é como se eu fosse fazer tããão diferente se tivesse no teu lugar... talvez eu até fizesse pior. —riu, dando de ombros  me fazendo rir por saber que é verdade

Só eu sei o tanto de verdade na cara que eu tomava dela na época que eu saia fazendo merda pra caralho nas noites cariocas. Militava tanto na minha cabeça que eu ficava até mal.

E quando ela soube que eu tinha voltado e me envolver com a Jade?! Rann, era só lapada seca.

Felipe: Não ta mais com raiva de mim?

Flavia: Eu não tava com raiva de você.

Felipe: Orra, imagina se tivesse —ri—  Quase arrebentou a porta do quarto quando bateu. —cruzei os braços vendo ela rir

Flavia: É... talvez eu tivesse um pouquinho—corrigiu rindo — mas não era raiva tipo ódio, sabe? Era raiva tipo chateação mesmo, tristeza... —falou com um tom mais melancólico, dobrou as pernas pra cima do sofá e se abraçou nelas, apoiando o queixo no joelho— Você se decepcionou comigo e eu também me decepcionei com você. Eu sempre esperei muito de você porque você sempre me deu muito de você, entende? Sempre se doou muito por mim, pela minha mãe... e aí quando você foi embora aquele dia  eu não tive isso. Eu me senti realmente sozinha, pela primeira vez na minha vida e doeu.

Felipe: Me perdoa, Fla. —pedi de novo, porque parecia que nunca era o suficiente. —Me perdoa mesmo, eu vacilei feio contigo.

Flavia: Ta tudo bem. —neguei— Juro! Acho que te devo desculpas também, eu menti pra você mesmo sabendo o quanto tu odeia isso. —fez uma pausa— É que... não tinha futuro, sabe?! Mesmo gostando do Lucas eu vi que não tinha futuro e não quis continuar. — apertou os lábios—  Daí decidi que não valia a pena te contar, ia gerar estresse por um assunto que ja estava resolvido.  Bom, resolvido até eu descobrir a gravidez e ver o mundo cair na minha cabeça. Eu não soube lidar. Eu queria te contar, queria que você soubesse por mim, mas precisava de um tempo pra isso. E quando vi... ja era tarde demais.

estalei a língua no céu da boca e neguei com a cabeça. Aquilo não importava mais.

Felipe: Esquece isso, vem cá! — bati a mão na almofada que estava no meu colo e ela deitou a cabeça ali. Comecei a fazer um cafuné no cabelo dela. —Se depender de mim, tu nunca mais vai se sentir sozinha. Nem você, nem esse garotão que ta vindo aí. —brinquei apontando com o queixo a barriga dela coberta por um pijama largo.

Ja estava querendo tocar mais diretamente no assunto, falar mais sobre o nenem, mas não sabia se ela se sentia confortável, então fui devagar.

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