Capítulo 56 - Tortura

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— Eu quero me lembrar! — exclamou Katherine empolgada entrando abruptamente na sala de Lupin.

— Quê? — Lupin que antes mexia em uma pilha de pergaminhos virou-se para Katherine sem entender nada.

— Vou me lembrar de vocês... os marotos... mil novecentos e setenta e seis. — Katherine sentou na escrivaninha ao lado dele.

— E eu virar ministro da magia. — disse Lupin sarcasticamente.

— Não seja assim. — pediu Katherine, a empolgação murchando. — Tem chances de dar certo.

— Também tem chances de você perder a sanidade. — Lupin sorriu torto. — Olha que legal!

— Sou mais forte do que pensa.

Katherine pretendia quebrar o feitiço Obliviate, mas para isso precisaria de tortura, muita tortura e as chances de levar a pessoa à insanidade eram maiores que conseguir realmente quebrar o feitiço. Katherine pensa que por ser imortal possa suportar a maldição cruciatus sem ir à loucura, mas obviamente não era o mesmo pensamento de Lupin.

— Você não vai desistir, não é? — Lupin suspirou pesadamente, Katherine cantarolou negativamente. — Sabe que não pode se torturar sozinha. — cruzou os braços com ar de sagacidade.

— Já planejei isso... só preciso confirmar com Dumbledore. — Katherine desceu da mesa. — E é exatamente o que vou fazer agora. — deu batidinhas no ombro de Lupin que acabara de tirar o sorriso do rosto.

— Você não pode... — começou Lupin virando para a porta.

— Tchauzinho. — cantarolou Katherine saindo da sala com pulinhos animados.

Ela estava animada e determinada. Tortura era uma coisa estranha para se animar, mas é o que ela faria para se lembrar de uma parte importante de sua vida. Correu em pulinhos até a sala do diretor chamando a atenção de todos nos corredores, mas nem reparou em todos os olhares em si.

Filé de peixe com fritas! — ordenou para a gárgula de pedra. — Bom-dia, Fawkes! — cumprimentou a fênix quando passou por seu poleiro, animada.

— Vejo que começou o dia bem, Katherine. — Dumbledore sorriu ao ver a garota feliz depois de muito tempo. — O que a traz aqui a essas horas?

— Eu quero me lembrar deles, Albus. — Katherine sentou na cadeira se sentindo em casa.

— Sabe que para isso teríamos de tomar medidas prejudiciais. — avisou Dumbledore se aproximando da mesa.

— Estou ciente. — concluiu Katherine com seriedade. — Só preciso de sua autorização e uma pessoa para fazer o "trabalho pesado".

— Não precisa de minha autorização para coisas pessoais suas, Katherine... mas ainda assim a terá. — disse Dumbledore. — Tem ideia de alguém que você queira em particular para isso?

— Na verdade, sim. — Katherine se inclinou apoiando os cotovelos na mesa. — Pensei que seria mais fácil me lembrar se fosse meu próprio ex marido esquecido por mim a me ajudar a lembrar.

— Escutou toda minha conversa com Dumbledore, não é, sua pestinha? — Lupin havia acabado de entrar na sala do diretor.

— Entrei na sua mente. — Katherine entrelaçou as mãos e disse tão naturalmente que pareceu uma coisa normal invadir a privacidade das pessoas. — Bom... e aí?

— Nem pensar. — disse Lupin decidido.

— Ah... por favor, Lupin. — choramingou Katherine imitando uma expressão de cachorro pidão. — Professor?

Promessas - Katherine Gryffindor - Marauders & HPOnde histórias criam vida. Descubra agora