Katherine havia melhorado um pouco, ou melhor dizendo, nada aos olhos de Madame Pomfrey. Mas ela não aceitou ir para o St. Mungus e queria ver Remus de todas as formas. E quando Katherine colocava algo na cabeça, não há quem a faça mudar de ideia ou a impeça.
Pela manhã, ela caminhou com uma certa dificuldade até a sala de Remus para falar com ele, seu corpo doía e parecia que ela fora pisoteada por um gigante.
— Posso entrar? — perguntou da porta da sala.
— Kat. — Remus acenou positivamente com a cabeça, parecia cansado, ou triste, Katherine não sabia distinguir. — Você... v-você está bem?
— Não podia estar melhor agora que me lembro de tudo. — Katherine sorriu fraco sentando na cadeira do professor com uma certa dificuldade.
— Não minta.
— Eu não menti. — Katherine franziu a testa. — Você acha mesmo que eu te culpo por isso? — apontou para o próprio corpo enfaixado.
— Eu me culpo. — disse ele encostando na mesa frente a ela. — Faz sentido já que fui eu que te causei isso.
— Isso o que? — Katherine ergueu as sobrancelhas. — A maldição?
— Kat, você é imortal... imagine só passar mais de mil anos futuros se transformando nisso. — Remus gesticulou para si mesmo.
— Ah, não comece. — Katherine se levantou. — Já resolvemos isso a anos atrás, Moony... você não é um monstro.
— Mas...
— Se for um monstro, eu quero ser um monstro com você também. — Katherine o cortou colocando as mãos ao lado do rosto de Remus.
— Quer mesmo isso? Acordar com o gosto de sangue humano na boca e descobrir que machucou a pessoa que mais ama? — retrucou Remus amargurado. — Eu acordei da transformação com seu sangue por toda minha boca e mãos, Kat!
— Eu sei! — rebateu Katherine. — É difícil, principalmente para você, mas eu não quero que fique assim... eu estou bem com o que vou me tornar, então assunto encerrado!
— Tenho que te avisar... — Remus não olhava em seus olhos. — A primeira transformação... é a pior de todas e não funciona a poção Mata-Cão.
— Eu já sabia, Moony. — Katherine sorriu, mas logo o sorriso se esvaiu. — Olhe para mim, por favor, Moony.
— Eu não...
— Consegue sim. — disse Katherine com firmeza. — A não ser que me ache um monstro a ponto de não conseguir me olhar.
— Você nunca seria um monstro. — Remus a olhou, Katherine sentiu um arrepio perpassar seu corpo inteiro. — Nem se tentasse.
Katherine se aproximou encostando sua testa na dele. Ia se aproximar mais até que não restasse mais espaço entre eles, mas Remus se afastou ficando de costas para ela. Katherine sentiu vontade de chorar, mas engoliu as lágrimas e soltou a respiração que estava presa.
— Moony, você sabe que eu ainda te...
— Tenho que ir. — Remus a cortou pegando rapidamente seu malão. — Já era para mim estar no expresso essas horas.
— Tudo bem. — Katherine fitou o chão sentindo um aperto na garganta pela vontade de chorar. — Nos vemos em setembro?
— Eu não vou voltar... pedi demissão agora que sabem o que eu sou.
— Oh, então até logo, não?
— É... adeus, Kat. — Remus não se virou, apenas saiu pela porta da sala e sumiu nos corredores.
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Promessas - Katherine Gryffindor - Marauders & HP
FanfictionNeta de Godric, nascida há 900 anos atrás aceita uma proposta de um velho amigo - Dumbledore - que irá mudar totalmente sua vida. Será se foi uma decisão boa entrar no expresso de Hogwarts em 1975 fingindo ser uma aluna normal? Katherine viverá a ma...