Capítulo 54 - De volta à missão

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Treze anos após o fatídico dia em que Katherine perdeu todos, inclusive a memória, ela estava em um pub em Londres no qual ela ia toda noite. Essa noite era uma daquelas noites em que ela sentia dor, angústia e muita vontade de chorar sem motivo aparente.

Era noite de lua cheia. Katherine podia estar em uma festa, feliz, transando, sozinha, ou até mesmo em um parque de diversões que se fosse noite de lua cheia ela sentiria a pior das sensações e o pior era que ela não sabia de onde vinha todos esses sentimentos ruins.

Geralmente ela sentia solidão e angústia, diariamente. Dava para suportar com bastante álcool no organismo, mas uma vez por mês ela tinha que apelar para algo mais forte. Drogas.

Já era tarde, meia-noite para ser exata e Katherine não queria dormir na rua mais uma vez como acontecia frequentemente, então decidiu ir para casa. Saiu do pub e foi parada pelo garoto de sempre, o que vendia para ela o portal para a felicidade. Comprou um pacotinho do pó que ela ao menos sabia o nome, mas era sempre aquele, o que proporcionava suas melhores sensações.

Colocou uma quantidade razoável nas costas da mão e exalou tudo. Sentiu o êxtase percorrendo por todo seu corpo, o mundo começou a girar, a lua começou a cantar, as estrelas dançarem, papai noel se aproximando... espera! Papai Noel? Katherine nunca o vira em suas alucinações.

— Já é Natal? — perguntou ela com a voz embargada, abrindo a boca surpresa.

— Não, Katherine, não é Natal. — o velho sorriu e a puxou delicadamente pela mão.

— Você vai me levar para seu trenó para irmos em direção ao Polo Norte? — indagou ela lunática.

— Vou te levar para casa.

— Sabia que eu moro na lua?

— Não, Katherine, você se instalou no hotel Palace Star.

Ela acompanhou o velho que na visão de Katherine estava vestido como um Papai Noel, barba e cabelos compridos e brancos como a neve. Ao entrar no hotel, que ela supostamente morava há anos, cumprimentou o porteiro com um aceno de mão e quando entrou no quarto tudo passou, o êxtase, o efeito das drogas, as alucinações e a felicidade.

— Albus? — Katherine viu que o velho era Dumbledore, se sentiu muito envergonhada naquele momento.

— O efeito do feitiço não vai durar muito tempo, estas coisas trouxas são realmente muito fortes. — explicou Dumbledore sentando em frente a uma mesa no quarto.

— Que faz aqui? — indagou Katherine surpresa.

— Preciso de sua ajuda. — disse ele entregando um jornal do Profeta Diário na mão de Katherine.

BLACK AINDA FORAGIDO

Sirius Black, provavelmente o pior condenado de pior fama já preso na fortaleza de Askaban, continua a escapar da polícia, confirmou hoje o Ministério da Magia...

— Mas ninguém jamais havia conseguido fugir de Askaban. — comentou Katherine incrédula ao terminar de ler tudo. — Quem é Sirius Black?

— Ah sim, Sirius é um seguidor de Voldemort. — respondeu Dumbledore com pesar. — É exatamente por esse motivo que preciso de você.

— Mas Tom não foi derrotado quando eu estava em Nova York? Mil novecentos e oitenta e um se não me engano, por um tal de Harry Potter. — proferiu Katherine e parou quando viu Dumbledore a olhar com as sobrancelhas erguidas. — Que foi? Eu leio o Profeta Diário, tá?

— Entendo, isso é bom... assim não precisarei lhe explicar tudo desde o início. — disse Dumbledore, um pouco de culpa transparecia em seus olhos.

Promessas - Katherine Gryffindor - Marauders & HPOnde histórias criam vida. Descubra agora