Eu vou machucar você

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Hanma

A dor de cabeça latejante me acordou, junto da luz do sol que incomodou minha visão.

Maldita ressaca...

Estiquei o corpo enquanto bocejava e meu punho acabou acertando Suri na cabeça, entretanto, o sono dela era pesado o suficiente para não acordar. Ri com a situação atípica e a puxei para um pouco mais perto, deixando uma porção de beijos na testa dela.

O cabelo estava um tanto bagunçado, a trança quase toda desfeita e a franja jogada de lado. Já estava grande e precisava de um corte, mas ela continuava linda. Passei um longo tempo apenas assistindo-a dormir, passando os dedos vagarosamente pela pele perfeitamente macia da bochecha dela. Toda vez que sentia aquele toque suave, percebia que valia a pena esperar os cuidados demorados que ela tinha antes de dormir.

— Bom dia, amor — ela sussurrou, ainda com os olhos fechados e esfregando o rosto no meu braço, aninhando-se ainda mais no meu corpo.

— Bom dia, pitica ♥ — falei baixinho e toquei o queixo dela com o dedo indicador, elevando o rosto dela até que pudesse beijá-la.

Uni nossos lábios e senti o calor macio vindo dela. A dor de cabeça até parecia mais leve quando eu a beijava. Empolgado com todo o carinho que eu sentia, tentei intensificar o beijo, passando minha língua para a boca dela, mas Suri começou a rir.

— O que foi? — Perguntei também rindo ao ver que ela se divertia.

— Sua boca tá com gosto de cachaça ainda, vai escovar os dentes — Suri disse entre risos e colocou os dedos sobre os meus lábios.

Depois que ela falou, eu percebi que realmente ainda estava com gosto de álcool na boca. Estiquei o corpo feito um gato e tomei coragem de levantar. Minha cabeça doía, latejava, e a luz do dia incomodava minhas vistas, então caminhei até a janela e fechei as cortinas, deixando tudo numa meia-luz um pouco mais agradável.

Fui até o banheiro, escovei os dentes até que todo o gosto ruim saísse da boca, então encontrei uma cartela de comprimidos junto das escovas de dentes. Provavelmente Suri havia deixado ali. Sem enrolar, joguei logo dois para dentro da boca e engoli. Lavei o rosto com água gelada e percebi que meu semblante ainda estava péssimo.

— Caralho, não lembro de quase nada — falei ao me encarar no espelho e perceber que meu cabelo estava esverdeado.

Esperei alguns instantes, tentando recordar os acontecimentos da noite anterior, mas pouca coisa me vinha à mente. Kazutora me entregando um microfone, Baji gritando, pulos na piscina, Suri gemendo... que caralhos tinha acontecido? Eu realmente levaria algum tempo até assimilar tudo.

Depois de resolver o grande problema de mijar de pau duro, consegui voltar para o quarto, ainda passando as mãos nos fios de cabelo e Suri riu ao me ver voltar sem roupa.

— Caralho, ontem foi foda — falei, aproximando-me da cama novamente e não pude deixar de reparar no olhar safadinho dela.

— Eu faço questão de te lembrar de tudo — ela riu, jogando parte do edredom para baixo, mas ainda deixando os seios cobertos.

Ajoelhei na cama e comecei a engatinhar até ficar sobre o corpo dela. Comecei a beijá-la sem parar e Suri passou os dedos ao redor do meu pescoço.

— Posso te beijar agora? — Perguntei enquanto ela sorria.

— O quanto você quiser — num sussurro safado, Suri deslizou a mão pelo meu abdômen, arranhando minha pele com cuidado.

A boca dela era uma delícia. O beijo cheio de sono e tesão fazia a língua dela deslizar pela minha boca, trocando saliva conforme a coisa esquentava. Minha cabeça ainda latejava, mas naquele momento, a outra começou a pulsar também.

Holy Sin, Shuji HanmaOnde histórias criam vida. Descubra agora