O sorriso de Poseidon

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Avisos

Pessoal, esse capítulo está lindíssimo! Por favor, tratem com carinho e engajem bastante nos comentários. Eu escrevi com muito carinho e amor, derreti todinha enquanto colocava cada palavra.  Por favor, cuidem com amor!

Espero que gostem!

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Minako

Noites de verão eram as minhas favoritas!

A brisa fresca, o clima quente, poder caminhar com roupas leves e esvoaçantes... tudo isso me fazia muito bem. Decidi ir até a praça na região central da praia, era onde a vida noturna do lugar se fazia presente. Muitas pessoas caminhavam por lá, jovens curtindo a noite, casais em clima de romance, famílias aproveitando com seus bebês e crianças... era uma noite deliciosa!

— Olha só! — Sussurrei ao ver que uma exposição acontecia bem no centro da praça. Fiquei curiosa ao ver tantos banners enormes e me aproximei de lá.

Haviam diversas figuras expostas separadamente, criando um espaço amplo por onde era possível transitar sem esbarrar em nada. Os banners continham as figuras e eram acompanhados de folders menores que continham escritos.

— Deuses do Mar — li baixinho a placa que dava o título da exposição — Conheça os deuses dos mares e dos oceanos de diversas mitologias, crenças e religiões ao redor do mundo.

Sorri ao perceber que tinha encontrado meu programa daquela noite. Ajeitei a bolsa no ombro e comecei a caminhar por entre os banners, lendo um por um.

Netuno, Sedna, Aegir, Kanaloa, Susanoo, Iemanjá... passei pelos banners de cada um deles. Todos sendo divindades do mar, carregando histórias incríveis e interessantíssimas. Mergulhei nas palavras e recebi a onda de informações que a exposição carregava. Não podia parar de ler, estava exatasiada.

Foi quando finalmente cheguei no que mais me chamou a atenção. O banner que carregava Poseidon, o deus do mar da mitologia grega, exibia um homem alto, forte, carregando um imponente tridente na mão e uma barba cheia e branca. Na frente do banner, estava um homem, ele lia o folder com as informações e dava um sorriso enorme e muito bonito. Deveria ter seus trinta e poucos anos, não tinha barba e usava óculos retangulares. O cabelo preto penteado para trás de forma elegante e bonita, além de nenhum acessório nas mãos ou nos dedos.

Ele me olhou de volta e sorriu, o mesmo sorriso largo que dava para Poseidon. Sorri timidamente e disfarcei, tentando conter a vergonha. Fiquei encarando-o por tempo demais e acabei sendo pega no flagra. Segurei o riso e percebi qu enão tinha para onde correr, Poseidon era o último banner da exposição e eu precisava ir até lá.

— Com licença — falei baixinho pegando um folder e comecei a ler, parada ao lado dele.

Estávamos apenas nós dois naquele banner. Eu sentia um frio na barriga estranho e, por mais que tentasse focar minha mente nas palavras do folder, o nervosismo percorria meu corpo e me impedia de ler.

— Não é curioso? Civilizações inteiras que tiveram pouco ou nenhum contato entre si foram capazes de chegar até divindades que compartilham de aspectos tão semelhantes — ele falou repentinamente e eu ergui as sobrancelhas.

— Perdão, falou comigo? — Perguntei e o homem deu um sorriso envergonhado.

— Eu... costumo puxar assunto com as pessoas de repente, me desculpa — ele riu coçando a nuca.

— Tudo bem, eu só não escutei direito — falei engolindo em seco e pedi para que ele repetisse. O homem assim o fez e eu concordei com sua fala inicial — É realmente algo muito curioso.

Holy Sin, Shuji HanmaOnde histórias criam vida. Descubra agora