Hanma
— Você tem que dar um jeito nessa moto — Rei comentou ao notar os amassados, assim que estacionei na frente da casa dela.
— Vou levar lá no Draken depois, por enquanto tá andando, isso que importa.
— E troca esse banco, cara. Essa estampa de oncinha é o cúmulo da breguice.
Ri e entrei na casa logo após ela. Continuava exatamente igual.
As mesmas paredes beges, ainda cheia de quadros espalhados, alguns novos, outros que eu já conhecia há muito tempo, a mesa de centro sempre abarrotada de tintas e paletas e o sofá com pinceladas coloridas. Praticamente todas as casas em que ela morou tinham a mesma estética, e eu não podia evitar me sentir nostálgico ao entrar ali. Eu me sentia bem.
— Sua mãe deixou suas coisas comigo, eu deixei tudo lá no escritório — ela apontou. — Vou fazer janta. Vai tomar um banho.
— Tô indo.
— Sério, você tá fedendo.
— Não precisa humilhar — tombei a cabeça e ela riu.
— Sério, você precisa muito cortar esse cabelo.
— Voltei tem literalmente dois minutos e você já tá implicando comigo? Tu é pentelha demais, Rei — esfreguei a cabeça dela com a mão, bagunçando os fios loiros enquanto ela dava risada.
— Eu só queria entender como você deixa de cortar o cabelo, mas continua retocando a mecha. Não faz sentido!
— Sei lá, eu só fiz — ri e a encarei. — Tá muito feio?
— Quer a verdade ou a educação?
— Educação.
— Tá péssimo!
— Ei! Se isso é o educado, qual era a verdade?
— Quer mesmo saber?
— Fala.
— Se a Suri te visse desse jeito, ia segurar a bolsa mais forte. Ou te entregar um pacote de bolacha, pensando que você estaria com fome.
— Ah, vai te lascar! — gargalhei e ela foi para a cozinha.
Bom, não dava para dizer que era completamente mentira. Meu cabelo realmente estava péssimo, mas eu tinha ficado tão indiferente com tudo que sequer me importava com a aparência. Só retocava a mecha por puro costume, ou para fingir que ainda tinha alguma dignidade e cuidado comigo mesmo.
Sem mais enrolar, peguei minha toalha, uma troca de roupas e fui para o banheiro.
Durante todo aquele tempo eu estive em condições péssimas, mas sentir novamente a tranquilidade do chuveiro quente, a água caindo nas minhas costas, relaxando cada músculo meu... aquilo me fazia fechar os olhos de tão bom.
Aproveitei os produtos chiques que a Rei usava para lavar o cabelo e dei aquele cuidado especial. Ela provavelmente me xingaria, mas tudo bem. Eu aguentava uns gritos.
Depois do banho, aproveitei o secador na pia do banheiro para não ficar de cabelo molhado, e só depois de alguns minutos finalmente saí do banheiro, sentindo o cheiro delicioso de missoshiru. Minha boca salivou só de sentir.
— Vem, fiz uma sopinha de entrada, mas tem carne frita pra comer depois também — Rei comentou e eu sorri.
— É claro que tem, você é uma oncinha pra comer carne — falei e ela mostrou a língua, mas não era mentira. Rei era uma grande fã de carne frita.
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Holy Sin, Shuji Hanma
Fanfiction[Fanfic] [Tokyo Revengers] [Shuji Hanma] [+18] Ela era um anjo. Uma garota tão gentil, adorável, amável e delicada. Cresceu num ambiente feliz e saudável, cercada de amor, boa educação e respeito. Ele foi criado no inferno. Brigas constantes, violê...