O Shuji e a Suri

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Hanma

Estacionando a moto na frente de casa, Suri pulou da garupa e me olhou confusa.

— A casa da Rei? — perguntou enquanto eu guardava a moto.

— Ela não mora mais aqui. Como meu retorno foi um pouco... repentino, a gente fez uns acordos e eu vou ficar aqui. Ela foi pra outra cidade.

— Ah, entendi — ela parou e eu a observei por um instante.

Enquanto Suri caminhava até a porta da frente, o vestido branco balançando conforme os passos, a luz da lua a deixava numa beleza sem igual. Era linda a minha garota!

Fui até ela e a peguei no colo. Suri começou a rir, mas eu a mantive num braço só enquanto destrancava a porta da frente e entrava na casa. Com as pernas dela ao redor da minha cintura, Shotoku deixava uma porção de beijos no meu pescoço, me fazendo arrepiar inteiro.

Eu sabia que nós tínhamos muita coisa para conversar e resolver, afinal, foram longos meses longe um do outro, mas precisávamos matar aquela saudade o quanto antes. As palavras poderiam esperar, deixando nossos corpos conversarem primeiro.

— Você ficou lindo com esse cabelo, sabia? — ela sussurrou no meu ouvido, me arrepiando inteiro.

— Gostou?

— Vou gostar mais ainda quando eu bagunçar ele inteirinho.

— Tô louco pra isso acontecer.

Sem enrolações, fui até o quarto e fechei a porta, conseguindo a privacidade que tanto precisávamos.

Deitei Suri na cama e fiquei por cima dela, beijando minha garota enquanto passava minhas mãos pelas coxas nuas. Ela deslizava os dedos pelo meu pescoço e me arranhava de leve. Meu corpo esquentava pouco a pouco, e a calça parecia mais incômoda a cada instante.

— Você me enlouquece, Suri — sussurrei ao ficar ereto para começar a abrir o colete.

Ela apenas me observou. Aquele olhar luxurioso que eu tanto amava, assistindo com atenção conforme eu desatava cada botão, até finalmente me livrar da peça.

Sem demora, ela agarrou minha gravata e me puxou com força, apertando um pouco mais o meu pescoço e me deixando completamente curvado, com o rosto quase colado no dela.

— Ainda não sabe dar nó de gravata, Shuji Hanma? — a pergunta sussurrada era carregada de tanto tesão que me fez sorrir.

— Prefiro que você dê pra mim — respondi.

— Eu dou — o duplo sentido me pegou de jeito.

Me segurando pela gravata como se fosse uma coleira, Suri me beijou sem parar, e eu adorei estar sob o discreto domínio dela.

Quando notei, já estava de quatro na cama, ainda por cima dela, mas claramente dominado. Suri deslizou o corpo até se ajoelhar de frente para mim. Com as duas mãos e os dois joelhos no colchão, apenas ergui os olhos para vê-la, pois estava um pouco mais alta.

— Você me deixou muito brava, Shuji. Acho que merece uma punição bem severa — ela disse ao passar o dedo indicador pelo meu rosto.

— Faço o que você quiser.

— Ah, você vai fazer sim!

Com um sorriso atrevido, ela puxou mais ainda a gravata, me obrigando a engatinhar um pouco na cama. Sorriu ao me ver daquela forma, e eu gostava. Gostava muito.

— Senta — ela ordenou e eu obedeci.

Suri desatou o nó da gravata e a tirou do meu pescoço. Em seguida, pediu meus punhos unidos e assim o fiz. Ela não demorou e amarrou ambos, em seguida, os colocou para cima, prendendo nos espaços da cabeceira da cama.

Holy Sin, Shuji HanmaOnde histórias criam vida. Descubra agora