On the other side (Vegas & Pete)

Capítulo dois- Página quatro

Antes de ler : Oiii, vocês estão a gostar da fic? Acham que devia mudar alguma coisa? Digam-me a vossa opinião ahahha, boa leitura.

Pov Pete

- Pete?....Pete???- uma voz ecoou e senti meus olhos pesados.

Para dizer a verdade, todo o meu corpo doía, parecia que tinha sido atropelado por um camião.

- ei! Acorda...Pete!- ouvi outra vez a voz, desta vez mais nítida e senti alguém abanar meu corpo devagar.

Pela voz percebi que era Porshe, fazendo um grande esforço abri meus olhos, tudo estava desfocado, mas por apenas uns segundos.

Assim que a minha visão se focou, pude ver Porshe com uma expressão extremamente preocupada.

- estás bem????o quê que aconteceu???- Porshe perguntou preocupado.

Olhei o lugar à nossa volta, vendo que estava na casa de banho do casino.
Lembrei-me então de tudo o que tinha acontecido, Vegas depois de eu lhe morder o pescoço, ele espancou-me, espancou-me ao ponto de eu desmaiar...e o pior é que eu me lembro de ele estar a gostar de me magoar.

- eu não sei....não me lembro...- menti para Porshe.

Este levou a sua mão até ao meu rosto e fez um pequeno carinho.

- anda, eu ajudo a te levantar- Porshe falou agarrando em meu braço e devagar ajudou-me a levantar.

Senti minhas pernas tremerem fracas, e todo meu corpo ficou tenso de tanta dor que sentia.

Olhei o meu reflexo no espelho e eu estava horrível.
Tinha um corte na maçã do meu rosto, outro no lábio e um terceiro junto da sobrancelha.
Á volta do meu olho tinha uma grande nódoa negra, as marcas dos dedos de Vegas tal como seus dentes, estavam no pescoço, este tinha manchas de sangue e estava todo roxo e ligeiramente inchado.

Já para não falar que a maior parte do resto do meu corpo também estava cheia de hematomas.

Porshe calmamente se aproximou de mim, levou suas mãos à minha camisa e honestamente bem em me afastar de seu toque, mas não o fiz.
Apenas deixei ele fechar os botões da minha camisa, no fim ele apanhou meu casaco que estava no chão e logo pôs à volta dos meus ombros.

- vem aqui - ele falou calmo me puxando com delicadeza para perto da pia.

Ligando a água ele agarrou num papel  e começou a limpar o sangue à volta do meu pescoço, ele olhou para mim e senti a dor nos seus olhos, não entendia porque ele estava assim, afinal eu ja tinha estado em brigas antes, claro que nunca tinha ficado assim tão mal, mas mesmo assim era estranho.

No fim ele desligou a água e soltou um suspiro, eu estava me a sentir um lixo, só queria chorar e gritar por ajuda, mas não podia, tinha de aguentar, tinha de aguentar pela minha avó.

- Pete...quem é que te fez isto?- Porshe perguntou mais uma vez preocupado.

Encarei o chão e senti meu coração doer, eu queria tanto dizer, queria tanto entregar Vegas e acabar com esta merda toda de trabalhar para ele.

- eu....eu...não sei - tentei suar firme, mas a minha voz saiu trémula.

Ouviu um segundo suspiro sair de Porshe e de seguida o mesmo me puxou delicadamente para um abraço.
Imediatamente o abracei de volta, precisava tanto daquilo, de um abraço....de um amigo.

Ele levou uma das suas mãos ao meu cabelo e fez carinho lá, eu não consegui aguentar, tentei mas não aguentei e chorei ali, chorei o mais baixo que conseguisse, eu estava a sentir-me tão sofocado...tão sujo, era uma sensação horrível, parecia que centenas de facas foram espetadas no meu corpo, principalmente o meu coração.