Quatro

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Estou correndo na esteira quando Daniel chega da sua caminhada matinal no Central Park

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Estou correndo na esteira quando Daniel chega da sua caminhada matinal no Central Park. Ele afasta o cabelo grudado na testa pelo suor e diz: 

— E aí, Drew?

— Oi — cumprimento, ofegante, sem perder o foco. 

— Perdeu uma caminhada agradável hoje — informa, para depois beber longos goles da sua garrafa de água. — O Neo se divertiu muito. 

— Neo se diverte com qualquer coisa — retruco. — Obrigado por levá-lo para passear hoje. 

— Sem problemas. — Sem aviso prévio, Daniel aperta um botão na esteira e o aparelho começa a perder sua potência. Fuzilo o meu amigo com o olhar. — Diminui o ritmo, cara. Todo mundo sabe que você está em forma; melhor do que isso não dá pra ficar. 

— Sempre dá para ficar melhor — rebato. 

Ele revira os olhos. 

— Você é tão presunçoso. Não cansa de ter todas as mulheres da cidade aos seus pés, né? 

Tento evitar o sorriso presunçoso, mas não consigo. 

— Tira esse sorrisinho da cara, idiota — Daniel bufa. — Não sei porque essas revistas te pintam como um filantropo enigmático e misterioso. Se eles soubessem o pau no cu que você é… 

Acho graça. 

— Sou pau no cu por não gostar de expor a minha vida pessoal em uma capa de revista ou exibir os meus relacionamentos casuais em um evento de gala? — eu desligo a esteira e vou à procura da minha garrafa de água. 

— Convenhamos: você tem mérito para se exibir um pouquinho. 

 Ah, é? — olho para ele, contrariado. — E por quê? 

— Ora, você tem tudo o que um homem pode querer na vida: dinheiro, um negócio de sucesso, carros esportivos de um milhão de dólares, mulheres… 

— Você sabe que nunca fui o tipo exibicionista. 

— Talvez esse seja exatamente o motivo de você atrair tanta atenção — faz uma pausa. — E em falar em atenção…

Daniel lança um olhar discreto para a minha esquerda e não preciso olhar naquela direção para saber que tem uma loira muito atraente interessada no que acontece do lado de cá. Ela passou a me observar desde que entrei na academia, e quando retribuí o olhar, ela não desviou o dela, o que me faz lembrar de uma pessoa que contratei recentemente. 

— É, eu percebi — murmuro, ainda sem olhar para lá. 

— E por que está aqui dando mole? A mulher é uma baita de uma gata! 

— Não estou interessado. 

Ele estranha. 

— Por que não? 

Sr. Royal Onde histórias criam vida. Descubra agora