Vinte e quatro

8.8K 810 119
                                    

— Er… fique à vontade

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— Er… fique à vontade. 

Dou um passo para o lado e dou espaço para James entrar primeiro no meu pequeno apartamento. É um pouco estranho vê-lo aqui. Ele, com seu terno caro cortado sob medida, parece mais pomposo do que tudo o que tenho aqui. Imagino que onde ele mora deve ser muito espaçoso e deslumbrante, mas não me sinto constrangida pelo que tenho — foi conquistado com muito trabalho e esforço. Mas confesso que é um pouco esquisito. Eu nunca pensei que veria o meu chefe entrando na minha casa, mas aqui estamos. 

Não sei como viemos parar aqui ou quando decidimos que ir até o meu apartamento era a decisão mais viável, mas me lembro que toda a viagem foi meio tensa. Poderíamos ter ido ao apartamento dele, já que o restaurante também fica em Manhattan, mas eu não quis questionar a sua decisão… tudo o que eu queria era estar em algum lugar a sós com ele, e agora que estamos aqui, me sinto meio tensa. 

Já fizemos isso antes… quer dizer, transar. Mas estávamos presos em uma espécie de bolha impenetrável em Long Beach, e a segunda vez, no bar, foi uma atitude meio impulsiva. Agora tudo parece calculado, planejado, e grandioso. Sinto como se estivéssemos prestes a pisar em um campo minado, sem fazer ideia de onde os explosivos estão. Um passo em falso é suficiente para fazer um estrago irreversível. 

James dá alguns passos pelo apartamento e para no meio da sala de estar, com um olhar avaliativo. Parece que está observando todos os detalhes como se isso fosse ajudá-lo a me entender melhor. A me decifrar. Mas isso não faz sentido… nosso acordo não inclui conhecer um ao outro. Nosso acordo só se trata de sexo. 

Ele se vira para mim, tão bonito, e diz: 

— Belo apartamento. 

Está sendo modesto. É claro que está. 

— Obrigada — agradeço mesmo assim. — Você, hum… quer beber alguma coisa? 

— Não, obrigado. 

— E comer? 

Pergunta errada. Os olhos dele ficam inflamados no mesmo instante, e a sombra de um sorriso surge no canto da sua boca. Me sinto queimar. É como se eu pudesse ver claramente os pensamentos indecentes flutuando acima da sua cabeça. 

— Eu aceito comer, sim. 

Engulo em seco, porque ele está andando lentamente na minha direção. Ainda estou parada perto da porta, imóvel. 

— Eu… posso cozinhar alguma coisa rápido e… — as palavras se perdem, porque agora ele está parado bem na minha frente. Recuo alguns passos até ficar com as costas grudadas na porta, e seus braços me prendem entre a mesma e o seu corpo grande e forte. 

— Tenho uma sugestão melhor — diz ele, com a voz sexy e rouca, alternando entre minha boca e meus olhos. 

— O quê? — Minha voz sai fraca. 

Sr. Royal Onde histórias criam vida. Descubra agora