Dezenove

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Tudo se passa como um borrão

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Tudo se passa como um borrão. Em um instante estamos naquela varanda, e no outro estamos dentro do carro, rumando em direção ao hotel. 

Eu não acredito que estamos mesmo fazendo isso. Perdi a cabeça. Estou completamente louco. Mackenzie me deixa completamente louco. Ela deveria ser o pulso forte dessa relação, me mandar embora, mas ela está aqui sentada ao meu lado, usando um vestido vermelho sexy depois de concordar em transar comigo. 

Somos os dois loucos. 

Meu Deus. 

Isso não vai acabar nada bem. 

Mas quem se importa, afinal? Não quero ter preocupações na minha cabeça essa noite. Os problemas podem ficar para amanhã, e mesmo que eu me arrependa disso, tudo terá valido a pena. Só há uma coisa que se passa na minha cabeça agora: Mackenzie sem roupa. A pele de Mackenzie. Mackenzie montada em cima de mim. 

Sexo. 
Sexo. 
Sexo.

Meu pau está animadinho dentro da calça — ele está assim há muito tempo. Eu mal posso conter a ansiedade, e tenho noção de que estou dirigindo feito um louco apenas para antecipar o momento de quando estarei dentro dela. Sei que temos a noite toda para aproveitar isso, mas é uma chance única. Sinto que as horas que nos esperam não serão suficientes para aplacar esse desejo ardente, mas sou capaz de descobrir uma maneira de congelar o tempo apenas para fazer essa noite durar um pouco mais. 

Então é isso. Vamos transar. É apenas sexo, um lance físico, e então não existirá mais nada. Depois de matar o desejo, vamos poder seguir em frente e isso será esquecido. É assim que as coisas devem ser. 

Chegamos ao hotel — finalmente! — e eu estaciono o carro de qualquer jeito antes de descer. Mackenzie não dá uma de espertinha dessa vez, e me permite abrir a porta para ela. Dá para ver em seu rosto o quanto ela está abalada com tudo isso, mas estou disposto a fazer aquela apreensão sumir dos seus olhos e dar lugar ao mais puro e intenso desejo. 

Seguro a mão dela enquanto conduzo-a para dentro do hotel e percebo que está suada. Não fique nervosa, baby. Aperto o botão do elevador e esperamos um instante, em silêncio. É meio estranho estar parado aqui sem dizer nada, segurando a mão da minha secretária. Talvez eu seja um filho da puta sem escrúpulos fazendo exatamente o que proibi meus outros funcionários de fazer, mas eu sou a porra do chefe, e posso fazer e desfazer as minhas próprias regras quando eu quiser. 

Cretino, uma vozinha irritante sussurra no fundo da minha cabeça. Que se foda você também, maldita consciência. 

As portas do elevador finalmente se abrem e nós entramos. Somos os únicos aqui dentro. Mais uma vez sozinho com ela em um cômodo apertado. Lado a lado. 

Olho para Mackenzie de canto de olho, e ela olha para todos os pontos, menos na minha direção. A tensão está me sufocando, e a ela também, pela forma como está inquieta. 

Sr. Royal Onde histórias criam vida. Descubra agora