Um milhão de coisas passam pela minha cabeça agora. A aflição e a angústia tomam conta de mim; eu não quero pensar no pior, mas depois de tudo o que aconteceu, o trauma está impregnado em mim como uma maldita doença contagiosa. O medo de perder James é maior do que a minha vontade de respirar, e esses sentimentos me deixam à beira de um ataque de pânico enquanto espero o táxi avançar pelas ruas de Manhattan, completamente inquieta no banco de trás.
Por favor, que ele esteja bem.
Por favor, que ele esteja bem.
Por favor, que ele esteja bem.
Estou pedindo, implorando, para qualquer divindade que esteja disposta a ouvir.
Jasmin não me deu muitos detalhes, ela simplesmente disse, com a voz tensa, que eu precisava ir até o hospital e desligou o telefone. Isso deixaria qualquer um aflito. Pensei em ligar novamente e perguntar mais detalhes, mas eu não queria receber o baque estando em casa, porque se o pior acontecer, sei que eu não teria reação para ao menos passar pela porta. E seja lá o que esteja acontecendo agora, James precisa de mim. Eu apenas sinto.
O táxi finalmente para na entrada do hospital, e pago a corrida com cinquenta dólares sem esperar o troco. Que se dane o dinheiro, isso é o que menos me importa agora. Saio do carro tropeçando, e não me importo de estar parecendo uma louca, eu só preciso de notícias. Eu só preciso chegar lá dentro e saber que ele está bem.
Passo voando pela recepção e vou direto para a ala da UTI, que fica em um dos andares superiores do prédio, o que significa que preciso pegar um elevador e o mesmo está demorando mais que o normal. Típico. Por que o universo não nos ajuda quando mais precisamos dele? A subida é uma tortura. O cubículo fechado me sufoca, e tenho a sensação de que estou hiperventilando. Fico esfregando as mãos suadas no jeans, ao mesmo tempo que tento regular as batidas do meu coração e acalmar a respiração. Quando as portas do elevador finalmente se abrem, encontro toda a família de James reunida no corredor, além de Daniel. E eles estão… sorrindo?
Tropeço para fora da caixa metálica, chamando a atenção de todos. Expressões surpresas se formam em seus rostos ao observar o meu estado de histeria, como se não houvesse motivos para tamanho nervosismo, mas estou muito ocupada surtando para me preocupar com meros detalhes.
— O que… — eu tomo fôlego — aconteceu? O James… ele está bem?
— Ei, calma — Daniel se aproxima com o cenho franzido, passando o braço ao redor dos meus ombros. — Meu Deus, Mac, você está tremendo.
— O que aconteceu com o James? — insisto. — Caramba, alguém me diz alguma coisa!
As pessoas ali presentes trocam um olhar, e é Daniel quem me dá a notícia:
— Fica calma. Temos boas notícias. O James acordou.
Demora alguns segundos para eu digerir o que acabou de ser dito.
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Sr. Royal
RomanceJames Royal é um clichê: um CEO bem-sucedido bonito demais para ser verdade, ótimo nos negócios e que pode ter a mulher que quiser sem fazer muito esforço. Ele tem apenas dois objetivos: manter a sua empresa no topo e aproveitar a sua vida o máximo...