Dezessete

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Eu sou um idiota

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Eu sou um idiota. 

Mackenzie deve estar me odiando agora, e não posso tirar a razão dela. Eu estava com o controle em minhas mãos, e simplesmente o deixei se esvair por entre os meus dedos por puro capricho e egoísmo. 

Quando eu a vi pela primeira vez na minha sala, de alguma forma, eu sabia que aquela mulher me traria muitos problemas. Não era só a beleza incomum dela, mas senti uma espécie de atração instantânea que desde então estou tentando ignorar, mas como está bem óbvio agora, não está funcionando. Uma energia esquisita se espalha pelo ar toda vez que estamos juntos em um mesmo cômodo, e quando estamos sozinhos, essa tensão se torna explosiva e incontrolável. 

Mas eu estava tentando com todas as minhas forças lutar contra isso, Deus sabe que sim, mas a maior perdição de um homem é se sentir atraído por uma mulher. 

Essa viagem contribuiu muito para me fazer perder o controle. Quando estávamos em Nova York, no meu escritório, eu ditava as regras, era eu quem movia cada peça do xadrez, e isso me fazia lembrar constantemente do porquê de eu não poder me envolver com minha secretária. Mas ter vindo para essa porcaria de cidade mudou tudo, porque eu passei a vê-la mais tempo fora do trabalho, e claramente não soube lidar com isso muito bem. 

E depois que aquele merda do Cole começou a tentar se aproximar dela… eu enlouqueci. Toda vez que ele chegava perto, sorria para ela daquela forma e tocava nela, eu sentia vontade de dar uma de homens das cavernas, jogá-la em meu ombro e levá-la para longe do alcance daquele abutre. Tóxico, eu sei. E quando eu soube que ele a beijou… acho que nunca senti tanta vontade de socar a cara de alguém antes. E no fim, para ferrar com tudo, eu beijei Mackenzie… mais uma vez. 

Que porra eu estou fazendo da minha vida? 

Preciso desesperadamente voltar para Nova York, mas tenho mais um dia nessa cidade, e sinto como se essas horas que restam fossem decisivas.  

Não consegui dormir. Como eu poderia? Saí daquela piscina com a cabeça quente e uma ereção dolorosa dentro da sunga, mas estava frustrado demais até mesmo para dar atenção ao meu desejo desenfreado. Eu queria ir até o quarto dela e colocar todas as cartas na mesa, mas isso seria burrice; me faria abrir uma brecha para algo que não pode acontecer, e não posso arriscar tocar Mackenzie mais uma vez, porque diferentemente do que aconteceu naquela piscina, eu não vou mais conseguir parar. 

O dia amanheceu e, enfim, consegui pegar no sono. Passei o dia todo no quarto, querendo evitar a todo custo me esbarrar com Mackenzie no saguão ou em qualquer outro ponto do hotel — pedi serviço de quarto e me afundei no trabalho. Desliguei o celular e ignorei qualquer tentativa de contato, seja ele relacionado às pessoas próximas a mim ou relacionadas ao trabalho. Eu precisava pensar. Não… eu precisava tirar Mackenzie da minha cabeça, mas descobri que isso é praticamente impossível. 

Mas não dá mais para ignorar isso. Tenho um evento beneficente para ir em poucas horas, e não dá mais para evitar aquela maldita mulher que está brincando com a minha cabeça. Quer dizer… eu nem mesmo sei se ela vai aparecer depois do que aconteceu entre a gente, e a parte sensata que habita em mim está torcendo por isso, mas a parte isentada — que é dominante — está ansiosa para ver aquele vestido especial que eu escolhi pessoalmente em seu corpo. 

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