Dezoito

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Estou nos braços de James com a minha melhor cara de idiota

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Estou nos braços de James com a minha melhor cara de idiota. Ele está me conduzindo em uma dança sensual na voz de Nina Simone, mas sinto como se estivesse agindo no automático, ainda extasiada pelo que acabou de acontecer. 

Duzentos. Mil. Dólares. 

Eu nunca cheguei perto de tanto dinheiro, e agora… o meu chefe simplesmente ofereceu esse valor pela minha companhia como se estivesse dando uma esmola insignificante para um morador de rua. 

Não consigo entender. Por que ele fez isso? Quer dizer… sei que ele disse que me salvaria de cair nas garras de um idiota, mas o que ele fez aqui hoje foi um exagero. A única explicação que se passa pela minha cabeça para essa atitude impulsiva é que ele estava apenas tentando competir com seu inimigo, Cole, e eu estava no meio de dois grandes homens como um mero desafio. 

Isso me deixa fervendo de raiva. Quem ele pensa que é? Primeiro aparece no meu quarto e me beija, depois me beija na piscina e me trata como se fosse um erro, e agora faz essa ceninha ridícula na frente de todas essas pessoas quando ele mesmo impôs limites na nossa relação. Eu realmente não consigo entender o que James quer de mim. Ele é um enigma complicado demais que eu não consigo decifrar. 

Eu quero tanto odiá-lo. Quero me afastar dele e gritar com todas as minhas forças, mas estou afetada demais pelo seu toque, pela sua respiração tão próxima, e me odeio por deixar que ele tenha esse tipo de poder sobre mim. Sua mão está sobre minhas costas, e meu corpo gosta demais da sensação que seus calos me causam. Tento não olhar para ele, tento não absorver o calor que irradia do seu corpo, mas parece que nada é forte o suficiente para lutar contra James e sua virilidade. Sua presença é arrebatadora, e preenche todo salão. Posso senti-lo em cada célula minha. 

— Cinquenta dólares pelos seus pensamentos. 

Ergo o olhar e a intensidade que encontro em seus olhos me desarma. Mas eu não vou deixar ele vencer tão fácil. Engulo em seco e rebato: 

— Cinquenta dólares? Parece um valor medíocre para um homem que acabou de pagar duzentos mil por uma dança. 

— E por um jantar — acrescenta, prestativo. — Mas fiz isso pela caridade. 

Caridade. Há. Conta outra! 

— Claro — meu sarcasmo é evidente. 

— Você está irritada — não é uma pergunta. Tem um sorriso em suas palavras, quase como se ele estivesse se divertindo. 

Travo a mandíbula, sentindo a raiva borbulhar em minhas veias. 

— Tenho certeza que o senhor pode encontrar adjetivos melhores para definir o que estou sentindo agora — retruco secamente. 

O polegar dele faz um leve carinho nas minhas costas. Está me provocando. 

Minha respiração fica presa na garganta. 

Sr. Royal Onde histórias criam vida. Descubra agora