Tento ignorar a todo custo a minha ereção torturante e dolorosa. Evito olhar para baixo, mas fica difícil não ver, mesmo que pela visão periférica, a barraca se armando por baixo do lençol. Eu me recuso a tocar naquele lugar — de novo —, e tenho esperança de que, se eu ignorar o suficiente, tudo isso vai desaparecer completamente e eu vou poder ter uma noite normal. Mas não. A cada minuto que passa se torna pior, e não sei quanto tempo mais vou aguentar.
Menos de duas semanas. Aquela mulher chegou há menos de duas semanas e já fez um grande estrago — e não estou dizendo da questão profissional. Eu quero gritar e colocar toda a culpa do meu deslize nela, mas sei que o único culpado por eu estar nessa situação dolorosa sou eu.
Eu poderia ter ido embora. Eu poderia apenas ter me levantado, pegado o meu carro e dirigido para qualquer outro lugar dessa cidade, até mesmo arranjar uma mulher qualquer para passar a noite, mas não… eu fiquei lá sentado, hipnotizado, olhando para a minha secretária com aquele vestido vermelho provocante, imaginando os meus dedos puxando aqueles cordões que mantinham o vestido no lugar, revelando cada pedaço de pele sedosa enquanto ela dançava daquele jeito sensual que parecia mexer com a cabeça de todos os homens ao seu redor… inclusive a minha.
Voltei para casa naquela noite com a cabeça quente. Eu tentava pensar em algo que não fosse a minha secretária com aquele vestido vermelho, mas minha maldita mente me traía; sempre se voltava para ela. Eu tentei… juro que tentei não sucumbir à luxúria, ao pecado, mas não consegui resistir. Naquela noite eu me toquei pensando na minha secretária, mesmo que eu prefira morrer ao admitir isso; até para mim mesmo.
O pior de tudo é que eu sabia que precisava encontrá-la no dia seguinte, no sábado, para trabalharmos juntos por algumas longas horas. Isso me deixou de mau humor, irritado, e mesmo que Mackenzie não tivesse culpa, eu estava com raiva dela, porque eu não costumava ser tão imprudente, ainda mais se tratando de uma funcionária minha. Eu nem mesmo conseguia olhar para ela sem imaginá-la com aquele vestido vermelho, e odiei a mim mesmo por não estar sendo nada profissional.
Apesar do meu mau humor, Mackenzie se manteve firme, e não pareceu notar os motivos por eu estar tão instável, até que eu tive a infelicidade de derrubar o meu próprio café em cima da minha calça, e a minha secretária achou que seria prudente se ajoelhar na minha frente e esfregar a minha virilha, um espaço tão próximo do meu pau. A situação não poderia ser pior: fiquei com uma ereção enorme bem na frente dela. Seria mais do que constrangedor se eu não estivesse ardendo de desejo, pensando em preencher aquela boca com o meu… argh!
Olho para o teto do meu quarto, buscando forças para escapar dessa situação. Droga, isso não era para estar acontecendo. Eu já tive problemas demais com a minha antiga secretária, mas o problema agora se reverteu, e agora sou eu quem está agindo como um louco descontrolado. Não sei bem lidar com essa situação. Se continuar pensando, me martirizando, vou enlouquecer completamente.
Envolvo o meu pau com a mão. Merda… pulsa tanto que dói. Tento não pensar em Mackenzie, mas toda vez que eu fecho os olhos, ela está lá. Prometo a mim mesmo que essa será a última vez que vou me tocar pensando nela — assim como prometi em todas as outras vezes, e fracassei miseravelmente —, e só desse jeito consigo chegar ao meu tão necessitado orgasmo.
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Sr. Royal
RomanceJames Royal é um clichê: um CEO bem-sucedido bonito demais para ser verdade, ótimo nos negócios e que pode ter a mulher que quiser sem fazer muito esforço. Ele tem apenas dois objetivos: manter a sua empresa no topo e aproveitar a sua vida o máximo...