James Royal é um clichê: um CEO bem-sucedido bonito demais para ser verdade, ótimo nos negócios e que pode ter a mulher que quiser sem fazer muito esforço. Ele tem apenas dois objetivos: manter a sua empresa no topo e aproveitar a sua vida o máximo...
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Vou ao banheiro antes de começar o trabalho de fato. Minha agenda está lotada, e mesmo que, provavelmente, o dia seja exaustivo, eu estou feliz por estar de volta. Amo o meu trabalho. Algumas pessoas podem achar o ramo administrativo chato, ou até mesmo a área que as pessoas procuram quando não têm mais opções, mas não é desse jeito no meu caso. Sempre tive amor pela minha profissão, e dou o meu melhor para realizar um trabalho impecável.
Além disso, estou animada por estar perto do James mais uma vez. Temos passado muito tempo juntos, mas agora eu sinto que tem alguma coisa de diferente. Estamos avançando em vez de regredindo, e isso parece um passo enorme. Não pode ser coisa da minha cabeça. Quer dizer… o cara me chamou para jantar! Percebi a forma como ele ficou sem jeito e como tentou esconder seus sentimentos, mas eles são bastante claros para mim. James gosta de mim. Ele pode não ter dito com todas as letras, mas nem precisa; eu apenas sinto.
Entro em uma das cabines do banheiro e escuto a porta da frente abrir logo em seguida. Passos ecoam pelo ambiente, seguido por vozes e risadas femininas. Abaixo a calça e a calcinha para fazer xixi, com uma expressão entediada enquanto esvazio a bexiga, e tudo o que me resta é ficar escutando a conversa das minhas colegas de trabalho.
— Como foi o seu encontro? — Reconheço a voz de Audrey.
Alguém solta um ruído de insatisfação.
— Horrível — lamenta uma voz com sotaque de Boston, e logo identifico Brenna na conversa. — O cara só sabia falar de si mesmo o tempo todo. Acredita que ele não perguntou nada a meu respeito?
Nossa. Que babaca.
— Que idiota!
— Pois é — Brenna suspira. — Além disso, era péssimo na cama. Juro que nem senti o pau dele entrando.
Seguro o riso, mas Audrey não se contém antes de soltar uma gargalhada.
— Você é péssima, Bren.
— Péssima? Eu? Sou um anjo — ela usa um tom doce.
Eu me levanto depois de me enxugar, e coloco a calcinha e a calça no lugar. Estou prestes a sair da cabine quando Brenna acrescenta, me fazendo paralisar:
— Mas não podemos dizer o mesmo da Jordan.
— Está falando da secretária do Royal?
— Ela mesma.
Franzo o cenho, confusa.
— O que tem ela? — Audrey parece curiosa. — Gosto dela.
— Não tenho muita intimidade com ela, mas… você viu a matéria da Hamborn que saiu hoje pela manhã?
O quê? Do que ela está falando?
— Está falando daquela revista de fofoca de caráter discutível? — Audrey desdenha.
