James Royal é um clichê: um CEO bem-sucedido bonito demais para ser verdade, ótimo nos negócios e que pode ter a mulher que quiser sem fazer muito esforço. Ele tem apenas dois objetivos: manter a sua empresa no topo e aproveitar a sua vida o máximo...
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É uma noite agradável no Rue's. Não está tão cheio, o que me permite transitar tranquilamente entre a mesa de sinuca e o bar para pegar mais cervejas.
Eu realmente não estava no clima para um happy hour com meus colegas de trabalho, mas estou precisando me distrair um pouco, e posso dar boas risadas com essas pessoas.
A semana tem sido… tensa. Fingir que não transei com o meu chefe está se tornando cada vez mais difícil. Sempre sinto raiva quando olho para ele, e depois sinto raiva de mim mesma por esperar algo vindo dele. James não me manipulou, tampouco fez promessas vazias. Ele me disse exatamente o que queria de mim, e eu concordei com cada termo. Não posso exigir afeto e ternura dele. Não posso criar fantasias na minha cabeça; isso é perigoso.
Mas ele está sempre ali bem na minha frente, tão lindo e atraente… eu só queria poder esticar o meu braço e tocar o seu cabelo, exatamente como fiz naquela noite em que dividimos a mesma cama. Queria poder roçar o meu nariz no seu pescoço forte, inalar o seu cheiro. Meus dedos coçam para abrir cada botão daquela camisa, revelando aquele físico perfeito de quem dá duro na academia.
Merda. Isso não está certo.
James é inalcançável. Aquela noite foi apenas um momento isolado no espaço tempo. Não posso desejá-lo, tampouco pedir a Deus, toda vez que coloco a cabeça no travesseiro, para voltar para aquele momento no tempo, quando eu estava naqueles braços fortes e quentes, e ficar presa lá para sempre. Acho que sou masoquista; apenas isso explica o meu prazer de reviver aquela porcaria de noite só para depois sofrer por isso.
— Vou te dar uma surra — cantarola Daniel, arregaçando as mangas da camisa social com um sorriso presunçoso no rosto.
É um homem realmente bonito. Bastante alto, com roupas cortadas sob medida que marcam muito bem os seus músculos. Cabelo loiro escuro, olhos castanhos gentis e pele clara. É o tipo de homem que não deve ter a mínima dificuldade para levar uma mulher para a cama. Mas não é só sua beleza que chama a atenção: Daniel é carismático, apesar de adorar um flerte, e sempre leva qualquer situação com descontração. É um alívio estar perto de uma pessoa como ele quando estou precisando me distrair.
Não me leve a mal: não estou interessada no meu colega de trabalho. Sim, ele é um homem muito atraente, não tem o que discutir, mas ele é um amigo próximo do meu chefe, esse que não sai da minha cabeça.
— Você disse isso da última vez — eu provoco. — E aconteceu justamente o contrário.
O sorriso dele fica ainda maior.
— Sorte de principiante.
— Admita que sou melhor — exijo.
— Vamos deixar o jogo decidir isso — retruca.
Demos início ao jogo. Dou a primeira tacada, mas não consigo encaixar nenhuma bola em um buraco. Faço uma careta, e Daniel se debruça sobre a mesa de sinuca para fazer a sua jogada, e ele consegue acertar um dos alvos de primeira. Afastando-se, ele pisca para mim, e eu reviro os olhos antes de acertar o taco na bola branca, enfim, encaixando uma bola azul dentro do buraco negro.
