Trinta e seis

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Acordo nos braços de James

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Acordo nos braços de James. Seu corpo está completamente pressionado contra as minhas costas, e estamos tão perto que posso sentir o seu coração pulsar contra a minha pele. Estou envolvida em um abraço firme, mas sereno, o que me deixa quente e protegida. Eu nunca pensei que pudesse dormir abraçadinha com esse homem, mas isso está se tornando frequente, e eu meio que gosto disso. 

Quero passar uma eternidade aqui, mas quando ergo o olhar, percebo que estamos um pouco atrasados. Suspiro. Vivemos um conto de fadas durante o fim de semana, e agora estamos prestes a voltar para o pesadelo que as nossas vidas se transformaram na empresa. Eu sabia que esse momento chegaria, mas faria qualquer coisa para poder adiar um pouco mais. 

Sem muita coragem, eu começo a afastar os braços de James para poder me levantar. Quando me sento no colchão, sinto uma pontada na cabeça. Ah, que ótimo. Ressaca. Quem me deixou beber tanta tequila ontem à noite? 

Então escuto um resmungo, e quando olho por cima do ombro, encontro o culpado. James continua dormindo profundamente, com o cabelo desgrenhado e a respiração pesada. Está coberto dos quadris para baixo com um lençol fino, e posso ver a sua ereção matinal criar um volume ali. Deslumbrante. Esse termo é perfeito para defini-lo nesse momento. 

Estou tão cansada… mas não me arrependo. A noite de ontem foi perfeita. O jantar, a dança, até mesmo os shots de tequila e o sexo maravilhoso depois disso. Lembro-me que começou no carro, e depois terminou na minha cama. Todas as nossas noites poderiam ser assim, mas ainda precisamos progredir muito para chegar até lá. Um de nós precisa dar o primeiro passo pelo menos, mas não sei se tenho coragem de fazer isso e correr o risco de estragar tudo. 

— Jay — chamo, chacoalhando o seu braço de leve. Ele nem se move, então tento mais uma vez, só que com mais força. — Jay. 

Ele resmunga alguma coisa que não consigo entender antes de abrir apenas um olho. O outro parece colado de tão pesado. Esboço um sorriso, achando graça. 

— Bom dia — cumprimento em tom divertido. 

— Bom dia — sua voz é rouca, sensual. — Minha cabeça vai explodir. 

Olho para ele com pesar. 

— Acho que abusamos um pouco ontem à noite. 

Ele suspira e volta a fechar os olhos. Fica quieto. 

— Nem pense em voltar a dormir — alerto. 

A sombra de um sorriso surge em seus lábios. 

— Estou acordado — é, mas não por muito tempo. 

— Estamos um pouco atrasados pro trabalho — informo. 

— E daí? — desdenha. — Eu sou o dono daquela merda, posso chegar quando eu quiser. 

— Bom pra você. Mas eu tenho horário, engraçadinho. 

Tento me levantar, mas ele segura o meu pulso repentinamente, e me puxa de volta para a cama. Solto um gritinho, caindo em cima dele, e James nos gira na cama, ficando em cima de mim. Ah. Nossa. Que vista maravilhosa. 

Sr. Royal Onde histórias criam vida. Descubra agora