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Abro meus olhos devagar me acostumando com a claridade

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Abro meus olhos devagar me acostumando com a claridade. Victor e eu estávamos totalmente diferente da posição em que dormimos. A gente estava de conchinha e ele abraçava a minha cintura,nossas pernas estavam emboladas umas nas outras e o outro braço de Victor estava embaixo da minha cabeça. 

Eu estava sentido uma dor de cabeça horrível! Acho que é de tanto chorar.

Victor - bom dia - Victor cochicha com a sua voz rouca no meu ouvido me fazendo arrepiar.

Bárbara - bom dia - me viro na cama e fico de frente para ele.

Victor - você está bem?  - ele estava com os olhos fechados e suas bochechas estavam vermelhas.

Bárbara - bom..sim,até. Estou com dor de cabeça.

Victor - você quer remédio? - ele abre os olhos e me encara.

Bárbara - sim - levo minha mão até sua bochecha - é fofo quando sua bochecha fica corada.

Victor estreita seus olhos e sorri de lado.

Victor - que bicho te mordeu? É o primeiro elogio que eu recebo de você em toda a minha vida. Você está realmente bem? Não está com febre nem nada? - ele brinca e eu reviro os olhos.

Bárbara - como você é chato! Eu nunca mais te elogio também - tiro seu braço da minha cintura e cruzo os braços.

Victor - é fofo quando você fica estressadinha- sorrio involuntariamente.

Bárbara - você vai pegar o remédio pra mim ou vai me deixar morrer de dor de cabeça ? - Victor bufa e se levanta,me levanto também e descemos até a cozinha.

A tia Angélica estava lá,ela fica surpresa ao me ver e intercala o olhar entre mim e Victor e depois olha pro moletom de Victor em meu corpo.

Ah não!

Bárbara - não é o que tá pensando - caminho até ela e dou um abraço rápido .

Angélica - será mesmo?

Bárbara - estou aqui porque briguei com o meu pai - abro o jogo de uma vez e abaixo a minha cabeça.

Angélica - oh..minha querida - ela pega em minha mão e me guia até a mesa. Me sento em uma cadeira a tia se senta ao meu lado - me conte o que aconteceu.

Victor entrega o remédio e um copo de água para mim. Tomo o remédio e toda a água.

Angélica - não está atrasado para a escola Victor Augusto?

Victor - eu não vou hoje mãe.

Angélica - mas é claro que vai.

Victor - ah,e ela não vai?! - ele aponta para mim.

Angélica - não. Vai se arrumar,agora! - mando um beijo debochado para Augusto e ele faz careta pra mim antes de subir as escadas.

Eu contei tudo para a tia Angélica,expliquei cada detalhe,até sobre as drogas.Ela me escutou com atenção,

Angélica - eu sinto muito por tudo isso. Não fazia ideia da pessoa que seu pai era quando se tratava de você . Realmente Victor está certo,se contar para os seus pais eles vão querer internar você. Eu quero te ajudar,o primeiro passo vai ser você ir a psicóloga.

Bárbara - mas como vou a uma psicóloga em meus pais saberem?

Angélica - tenho uma amiga que é psicóloga,ela pode quebrar essa para mim. E enquanto ao transtorno alimentar. Na escola quero que almoce com o Victor e na janta quero que jante aqui. Tudo bem?

Bárbara - sim.

Angélica - e sobre...as drogas. Bom,eu vou dar um jeito.

Bárbara - obrigada de verdade tia - abraço ela - você é um anjo.

Angélica - ah minha querida. Você sabe o quanto eu gosto de você,não posso te deixar nessa situação - ela da um beijo no topo da minha cabeça.

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