PRÓLOGO.

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Any Gabrielly Hidalgo:

Nova York— Agosto de 2020:

         Espreguicei-me sentindo os meus músculos protestarem, trinta e seis horas de plantão era cruel para qualquer pessoa, mas, esse era o tratamento dado aos residentes, mas, eu não podia reclamar, eu estava fazendo a minha residência em um dos melhores hospitais do mundo, o Presbyterian Memorial, o melhor hospital de Nova York, com os melhores professores e um dos poucos hospitais do mundo que tinha a especialização que tinha escolhido seguir, eu queria ser uma respeitada cirurgiã fetal.

Você está aqui. – Falou Yuri apertando os meus ombros e eu quase gemi com aquele gesto carinhoso, aquilo era como ir ao céu e voltar, meus ombros estavam me matando. _Pensei que estaria assistindo a cirurgia do ano. Todos estão ansiosos para ver o poderoso chefão realizando a sua milésima cirurgia.

_ Cirurgia neurológica não é a minha praia, por mais que eu tenha que passar por todas as áreas. – Disse virando-me para o encarar. _E você não sabe quando uma emergência espetacular pode acontecer, com todos os residentes assistindo a cirurgia eu tenho mais chances de pegar algo que nunca vi na minha vida. Você sabe, tudo acontece em Nova York.

_ Você é esperta pequena! – Exclamou ele sorrindo. — Já que não quer presenciar o deus na sala de cirurgia, eu irei tomar o seu lugar. Coma alguma coisa, temos mais doze horas de plantão pela frente e não queremos que você desmaie em cima de um paciência, todos ainda estão pegando no pé da pobre Nour por conta da sua última trapalhada.

_Não irei pular nenhuma refeição. – Garanti apertando a sua mão. _Vá ou não irá conseguir pegar um lugar para assistir a cirurgia tão prestigiada.

   Ele beijou os meus lábios demoradamente e saiu correndo, eu chequei se não tinha nenhuma ambulância a caminho e comprei um café, o sono não era incomodo e não era um dia cheio na emergência, mas, como eu era a única residente no local, todos tiravam proveito da situação. Saí do hospital na intenção de comprar café, o do hospital não era tão bom quanto o que era vendido pelo ambulante na frente o único problema era passar pelo beco que tinha ao lado, aquele lugar era apavorante.

_ Obrigado. – Agradeci pegando o café e tomando um gole generoso sentindo a cafeína entrar nas minhas celular me dando animo para continuar com aquele plantão exaustivo, eu deveria diminuir o café, mas, ele era a única coisa que me mantinha acordada e com ânimo para continuar a minha rotina exaustiva.

      Estalei o pescoço e andei a passos lentos de volta para a entrada de ambulâncias, aquele era o local mais fácil de sair sem ser notado. Mas, não cheguei ao meu destino, quando fui puxada com brusquidão para dentro de uma vã e um saco preto foi colocado na minha cabeça fazendo gritar, aquilo não podia estar acontecendo comigo, depois de tantos anos tentando fugir da violência, no primeiro mês na cidade eu era sequestrada por um bando de lunáticos.

_ Eu não tenho nada. – Sussurrei quando senti algo ser pressionado contra a minha barriga e eu conhecia o toque de uma arma. _ Sou apenas uma residênte do primeiro ano, não tenho dinheiro ou qualquer objeto de valor, apenas o meu celular e o bip do hospital. Por favor, não façam nada contra mim, se é dinheiro que vocês querem eu darei.

_ Apenas fique quietinha boneca. – Rosnou o homem fazendo-me fechar os olhos com força e apertar as minhas mãos, eu tinha que me manter calma e lembrar do que Sabina sempre tinha me instruído a fazer naquelas situação, eu nunca poderia falar sobre a minha identidade para ninguém, mesmo que eles me torturassem, eu precisava ser forte. _Aprecie a viagem, ela não vai ser longa, logo estaremos no nosso destino e você receberá as ordens diretamente do chefe.

Conquiste meu coração - Livro dois •Mulheres da máfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora