Capítulo XIV

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Any Gabrielly Hidalgo:

        Você, você, você, essa palavra continuavam a retornar a minha mente deixando completamente frustrada, eu não sabia até que ponto Joshua Urrea estava falando sério ou se ele queria apenas brincar comigo, mas, a sua afirmação me deixava confusa e desesperada, pois, eu não estava esperando por aquilo, eu sabia que ele gostava de brincar com as mulheres, ver ele e a enfermeira Hatala de pegando no quarto tinha me dado uma noção do que ele fazia com as mulheres que passavam pela sua vida e eu não queria ser apenas mais uma e não deveria estar pensando nisso, já que eu estava noiva e Yuri não merecia que eu lhe traísse mesmo que em pensamentos. Porém, aqueles sentimentos controversos em relação ao primogênito dos Urrea estavam fazendo com que eu quisesse voltar para a Rússia e nunca mais colocar os meus olhos sobre ele, pelo menos assim eu saberia que os meus hormônios não me pregariam peças e eu conseguiria continuar a viver de uma maneira tranquila e dentro das regras.

_Any. – Chamou Shiv fazendo com que eu balançasse a minha cabeça e lhe encarasse sorrindo, eu tinha que parar de pensar
naquele homem pelo menos cinco minutos do meu dia, já que eu iria enlouquecer se continuasse a ter aqueles pensamentos libidinosos._ Onde está a sua cabeça? Estou chamando você a quase cinco minutos e está no mundo da lua, espero que não esteja pensando nos seus pacientes, isso iria me deixar muito irritada, prometeu que não iria pensar no hospital hoje, seria um dia das garotas.

_ Desculpe-me. – Pedi encarando-a e sorrindo enquanto via ela andar pelo espaço com um sorriso de orelha a orelha e os olhos castanhos brilhado e parecia que eu não era a única que tinha percebido aquilo, já que os olhos de Bailey não saiam dela um único segundo desde que ele tinha nos pegado na cobertura, ele poderia estar mal humorado, porém, seus olhares demonstravam o quanto ele se preocupava com Shiv e isso era lindo, por mais que ele negasse os seus sentimentos._ Me conte o que está se passando pela sua cabecinha?

_ Eu já consigo ver meus quadros pendurados nessas paredes! –Exclamou ela encarando a parede vazia. _ O bairro é maravilhoso, cheio de galerias de artes, museus e bares, o prédio e muito bem localizado. Eu poderia colocar o meu cavalete na rua e pintar sobre o cotidiano do bairro, das pessoas que frequentam esse local, não poderia ter achado um local mais apropriado para abrir a minha galeria.

_ Você deve estar muito louca se acha que vai colocar um cavalete no meio da rua, não sei se seus pais lhe explicaram, mas, você não é mais uma criancinha Shivani e isso aqui não é Roma onde você pode fazer todos os seus caprichos sem precisar se preocupar com as consequências dos seus atos. – Rosnou Bailey se aproximando dela perigosamente e seus olhos não estavam mais doces e sim furiosos. _ Nova York não é o seu quintal onde você coloca as suas tintas aos seus pés e pinta sobre o que deseja, é uma cidade violenta, principalmente para garotinhas como você, tire essa ideia maluca da sua cabeça ou irei descobrir qual foi o acordo que você fez com Joshua e farei com que ele desista. Pinte a sua maldita parede se estiver sentindo-se entediada, mas, não coloque o seu cavalete para fora deste maldito prédio ou eu irei fazer questão de vir até aqui e lhe ensinar que essas ruas são perigosas.

_ Eu fazia isso em Roma e Nova York não parece uma cidade muito diferente da capital italiana. – Retrucou ela deixando-o
perplexo. _ E se eu quiser colocar o meu cavalete no Empire State, eu farei já que você não manda na minha vida, nem onde eu resolver pintar, pare de bancar o machista opressor e desumano Bailey, isso não combina com a sua fama de playboy, já que deveria tratar bem as mulheres e não agir desta maneira deselegante e desrespeitosa, não sou uma das suas conquistas para falar comigo nesse tom, me respeite e se respeite. Preciso de quadros para a exposição de abertura, trouxe alguns comigo de Roma, mas, apenas eles não serão o suficiente, quero pintar Nova York e ver as diferenças entre as duas cidade, então, não acho que eu irei acatar as suas ordens apenas por conta de alguns ameaças, eu irei pintar o que eu quiser, onde eu quiser e nem tente me impedir ou as coisas iram ficar bem complicadas para o seu lado, pois, eu sou uma mulher desimpedida, livre e maior de idade, faço o que eu bem entender na hora que eu quiser e não sigo ordens esdrúxulas de playboys machistas.

Conquiste meu coração - Livro dois •Mulheres da máfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora