Capítulo XLI

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Joshua Urrea:

         O som da flauta era realmente infernal e eu entendia o motivo de Noah quase ter enlouquecido quando Sabina entrou em
depressão e tocava aquele maldito piano, era um barulho bem irritante e eu nem ao menos gostava de música clássica, entrei no seu quarto vendo que ela estava sentada na cadeira da varanda com a flauta entre os seus dedos e tocando aquela melodia triste e irritante que eu odiava com todo o meu ser.

_ Preciso da sua ajuda. – Falei encarando-a, mas, ela apenas me ignorou e continuou tocando apenas para me irritar, eu sabia muito bem que ela estava fazendo aquilo apenas para me afrontar, mas,eu estava perdendo a minha paciência e isso não iria ficar bonito quando eu perdesse ela completamente._ Any!

_ O que você quer? – Perguntou ela me encarando com aqueles olhos ferinos e suspirando logo em seguida._ Não tem nada que eu posso fazer por você Joshua, eu sou apenas uma primeira dama fadada a ficar trancada nessa casa pelo resto dos meus dias. Não tenho serventia nenhuma para o grandioso Dom da Cosa Nostra, agora, por favor, pode me dar licença, eu quero continuar a tocar, é a única coisa que me acalma e me dá algum prazer desde que eu me casei com você.

_ Bailey sofreu um atentado e já está muito ferido, preciso que você vá até a sede e veja como ele está. – Respondi encarando-a e me ajoelhando para ficar da sua altura._ Por favor Any, você é a única pessoa em quem eu posso confiar nesse momento, não estou pedindo isso por mim, mas, pelo mio fratello.

_ Leve-o para um hospital ou para uma clínica clandestina, você mandou com que eu esquecesse que eu era uma médica. – Disse ela colocando a flauta ao seu lado e levantando-se._ Não posso fazer isso, sou apenas uma primeira dama, nada de médico, residência ou qualquer procedimento que possa fazer com que o concelho discorde das suas ações e tente colocar alguém no seu lugar. Por favor, me dê licença, eu preciso descansar e não quero ter que olhar para a sua cara pelo resto do dia.

_ O que você quer para fazer isso? – Perguntei fazendo com que ela parasse no meio do caminho e se virasse para me encarar._ Faço qualquer coisa que você quiser se salvar Bailey, deixarei com que você volte para o maldito hospital, não irei me opor a nenhum dos seus plantões intermináveis e farei com que o concelho aceite isso, mas, apenas salve a vida de Aquiles.

_ Acho que temos um acordo Joshua Urrea. – Falou ela estendendo a mão na minha direção e eu a apertei sabendo que não poderia descumprir o que eu tinha acabado de falar._ Acho que precisamos ir, não quero que Shivani me culpe por matar Bailey, ela nunca mais olharia na minha cara se eu fizesse algo assim.

           Ela pegou o seu kit de primeiros socorros e saiu na minha frente com um sorriso no rosto, ela estava mais parecida com a minha ratinha do que com o fantasma que estava habitando aquela casa nas últimas duas semanas. O caminho até a base ainda foi um pouco tenso, parecia que todos já estavam sabendo do que estava acontecendo e ninguém tentou nos impedir de entrar e o que mais me surpreendeu era que Taylor estava cuidando de um Bailey bem apagado.

_ Foram dois tiros a bala, entrada e saída. – Avisou ela quando Any se aproximou da cama apressadamente abrindo o kit de
primeiros socorros e tirando o seu estetoscópio de lá. _Precisamos estancar esse ferimento antes que ele tenha uma hemorragia mais severa, ele não pode mais perder muito sangue ou irá entrar em
colapso e precisará passar por uma cirurgia depois que conseguirem o transferir, ainda acho que ele precisa de um hospital, mas, fui impedida de ligar para o 911.

_ Apenas me ajude a parar a hemorragia e ele poderá ser transferido para uma das clínicas clandestina da máfia. – Pediu Any pegando alguns gases e começando a pressionar o ferimento._ Parece ter uma perfuração de artéria, mas, eu não consigo saber qual delas é. Josh é melhor conseguir uma ambulância o mais rápido que você conseguir, eu posso ter salvado Noah, mas, eu acho que isso não vai acontecer com Bailey, ele precisa de um cirurgião geral.

Conquiste meu coração - Livro dois •Mulheres da máfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora