- Como falei para ela David, isso não será possível, não podemos ter mais escândalos nessa família. E precisamos nos preocupar com o casamento de Edmund.
- Acredito que possamos resolver essa questão de uma maneira que vá fazer feliz Abigail, olha como ela tem vivido todos esses anos, isso não pode se repetir.
- E você acha que gosto disso tanto quanto você? Mas nossa família não pode mais suportar o escrutínio das pessoas, ela tem que permanecer casada, com o apoio e proteção do Duque estaremos amparados.
- Somente se Abigail assim aceitar, e antes de qualquer coisa preciso ter uma conversa com ele, já adiei por muito tempo - seu pai estava ficando cada vez mais vermelho, sabia que ele não podia se exaltar, por isso interveio.
- Mamãe deixe que o papai fale com meu marido, e depois disso tomo a minha decisão, pode ser também que ele não queira se manter casado comigo, já pensou nisso? - Abigail perguntou a mãe.
- Ele seria um tolo de deixar uma moça como você escapar! - seu pai sentenciou, batendo com o punho na mesa.
Abigail deu um pulo com o susto e colocou a mão na boca para conter o riso. Seu pai tão pacífico ficava uma graça quando estava irritado. O relógio tocou e Aby percebeu como estava tarde, precisava ir e se preparar, senão não estaria pronta a tempo.
- Preciso ir, tenho que me preparar para o baile do Conde Caernarfon, se não estiver pronta no horário, meu marido pode ter um ataque, ele não tem o melhor dos humores - e sorriu com a percepção que ele ficava lindo quando estava irritado. Suspirou, melhor tirar esses pensamentos de sua mente.
Se despediu dos pais, pegou a carruagem deles emprestada e foi para a mansão do Duque se arrumar. Ao entrar encontrou seu marido andando de um lado para o outro em frente a escada, estava impaciente.
- Boa tarde Vossa Graça, o que o incomoda tanto? - ela perguntou tirando as luvas calmamente.
Ele a olhou incrédulo, avançou até ela e pegou seu cotovelo a levando até um cômodo, abriu a porta e entrou a arrastando e fechou a porta em seguida, estava na sala particular da Duquesa.
- Pensei que me desobedeceria e ficaria na casa de seus pais, faz horas que minha mãe e irmã chegaram - ele a olhou com raiva. Ela deu um passo para trás.
- Prometi que ficaria até a situação de sua irmã se resolver, a aí espero poder conversar sobre nosso casamento e entrar em um acordo adequado - pontuou. Ele avançou até ela a fazendo recuar e cair sentada no sofá azul do aposento, ele ficou por cima dela a olhando intensamente.
- Você acha mesmo que depois do beijo de ontem e do que fizemos essa manhã no seu quarto - ele passou a mão pela sua cintura - Eu irei lhe dar a anulação? Se pensa assim está muito enganada.
- Milorde, não vejo o motivo de nossos atos serem um empecilho para a anulação - ela levantou o queixo em desafio.
- Eu vejo muitos - ele se inclinou e a beijou vorazmente, colando seu corpo ao dela.
Aby retribuiu, não sabia como seu corpo traidor poderia negar a sensação maravilhosa que ele causava toda vez que a tocava. Sua língua tocou timidamente a dele, e passou uma das mãos pela sua nuca, puxando de leve os cabelos naquela região. Ele a fazia se sentir especial, e esse era um sentimento muito perigoso. Ele se afastou com a respiração pesada e a encarou.
- Abigail, acho melhor você subir e se aprontar - engoliu em seco, se levantou afastando seu corpo do dela, foi para trás do sofá se afastando o máximo que conseguiu - As compras que fizeram acredito que esteja no seu quarto.
- Obrigada - ela pigarreou, tentando clarear a mente. Estava vermelha, e com uma dor latente no meio das pernas, e não sabia como aplacar isso, na verdade não sabia se queria, porque só queria com aquele homem e isso era muito perigoso. Ela se levantou, passou as mãos pelo vestido tentando em vão tirar um pouco do amassado - Vou me retirar, preciso me aprontar - sem um segundo olhar ao marido, foi para a porta e saiu apressada.
Ezra não entendia o que era aquele sentimento, entendia o desejo físico, já sentira isso com várias mulheres. Mas a ânsia, o fogo que sentia por Abigail era completamente diferente do que já passou antes. Era uma vontade de devorá-la, mantê-la com ele em uma cama até o amanhecer. E tudo começou com aquele maldito beijo e com a vontade de dar uma lição em sua determinada esposa. Mas era apenas desejo, e com isso ele poderia lidar, e desejar sua esposa não era a coisa mais incomoda, ele teria que ter filhos um dia, e querer a mãe deles era um bônus. Poderia lidar com isso, só teria que fazer Abigail aceitar e tirar essa ideia ridícula de anulação da cabeça.
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NOTA DA AUTORA: Obrigada por continuar lendo a obra. Se você tiver intenção de acompanhar a história, ficarei muito feliz e ansiosa para ler suas opiniões. Deixe um comentário sobre os seus sentimentos, positivos ou negativos, é um incentivo para que eu continue escrevendo.
Mais uma vez obrigada por ter chegado até aqui. Espero que tenham apreciado a leitura!!!
Capítulos irão sair toda terça e quinta-feira!
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Alguem a quem amar.
RomanceO Duque de Birdwhisth sempre acreditou no amor, pois seus pais se amaram por uma vida toda, e isso ele iria encontrar. Assim que colocou seus olhos em Juliet Finch soube que era a escolhida, mas a jovem era linda como um anjo e com tantos pretendent...