Capítulo Trinta e quatro

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  Semanas se passaram e a corte estava sendo o que Abigail sempre sonhou quando era jovem. Ezra a levava para cavalgar de manhã pelo Hyde Park, piqueniques durante a tarde e a noite realizavam as refeições com a família, mas logo que se levantavam da mesa ele a acompanhava ao canto mais afastado da sala de estar, sentavam-se em poltronas discutindo diversos assuntos ou apenas apreciando a companhia um do outro.


  Estavam caminhando pela Oxford Street, nos primeiros dias Ezra tentou levá-la para comprar chapéus, luvas, fitas e todas as infinidades de produtos femininos, mas ela não se empolgava com nada. Mas assim que avistou uma livraria seus olhos brilharam, e agora todas as vezes que saiam para um passeio, seu marido encontrava diferentes livrarias pela cidade para agradá-la.


  Mas Aby estava sentindo falta do toque dele, falta daquilo que havia sentido a alguns dias. Toda vez que ele pegava em sua mão, esbarrava sem querer em seu corpo ou apenas sorria, seu corpo queimava como uma pequena brasa, não conseguia manter a timidez e rubor afastados de si ao sentir aquelas pequenas sensações em seu baixo ventre, e ele parecia não notar.


  - Milorde - tocou a mão dele e olhando para o chão envergonhada enquanto caminhavam para casa - Sobre o que aconteceu naquele dia quando estávamos sozinhos...


  - Abigail - ele colocou os dedos em seu queixo levantando suavemente, queria ver seus olhos ao falar com ela - Me chame de Ezra, afinal sou seu marido - sorriu vendo um rubor colorir sua face - Podemos conversar sobre esse assunto quando chegarmos em casa, não posso falar sobre isso com você em meio a Oxford Street.


  - Claro - Aby estava confusa, as coisas que ele fez com ela foram como o paraíso. Será que para ele não foi igual? Não gostou de alguma coisa que ela disse ou fez? Teria que falar com ele a sós e entender - Tudo bem, conversamos quando achar apropriado.


  Assim que chegaram à entrada da casa perceberam uma carruagem alugada parada na entrada. Ezra franziu o senho desconfortável, não gostava de pessoas vigiando sua residência, pediria para sua esposa entrar e descobriria o que essa pessoa estava fazendo acampada a sua porta.


  - Entre por favor - beijou sua mão delicadamente - Preciso verificar uma situação, no mais tardar chego para o jantar - passou um dedo pelo seu queixo -Vá, entregue os presentes que comprou para minha família - indicou a porta com um aceno de cabeça, e acompanhou Abigail se dirigir para a entrada com um rosto franzido.


  Quando teve certeza de que ela não poderia mais vê-lo se encaminhou para a carruagem e abriu a porta em um rompante, estava preparado para entrar em um confronto com quem quer que fosse. Mas se surpreendeu ao ver o Agente Needs sentado, fumando seu cachimbo confortavelmente.


  - Por que diabos está parado em minha porta? - entrou na carruagem sentando de frente ao Agente - Isso poderia chamar uma atenção desnecessária.


  - O senhor tem evitado contato a semanas - soltou a fumaça que havia acabado de tragar - Preciso lhe mostrar uma coisa e teria que ser pessoalmente - bateu duas vezes no teto para indicar que o condutor poderia seguir viagem - Apareceram pistas do menino e o Monge.


  - Estava envolvido em assuntos pessoais essas semanas que não poderiam ser negligenciados, mas já que me sequestrou - soltou o ar com um som de resignação - Mas isso também é muito importante. Me conte como encontraram essas pessoas.

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