Abigail abriu seu coração para Sally, contando como tinham sido os dias com o Duque. Que ele sempre a tocava, sorria e falava de forma carinhosa, muito diferente de cinco anos atras. Ela tentou explicar como se sentia, mas quanto mais falava, mais confusa ficava.
- Eu não sei como me sentir ao lado dele, eu sei que preciso aguentar essa situação até Madelaine se casar, mas não quero apressar a escolha de um candidato - suspirou - Ela precisa encontrar um companheiro que pelo menos seja atencioso com ela.
- Entendo Aby, e você está certa - Sally segurou a mão da amiga, sabia como essa situação deveria estar sendo angustiante para ela, se lembrava de como Abigail chegou a seu pequeno condado, ela parecia perdida e muito triste, levou tempo e amor de sua família e da comunidade para ter um pequeno brilho em seus olhos - Só desejo que seja feliz, e que encontre o amor que tanto espera.
- No momento a única coisa que espero é que ele aceite essa maldita anulação e me deixe livre - colocou a mão sobre seus olhos, um riso nervoso saiu de seus lábios - Ele tem várias amantes, sabia?
Sally ficou espantada, imaginava sim que o Duque pudesse ter encontros, mas não acreditou que falaria isso para a esposa, mesmo uma que não via a cinco anos.
- Aby ele é mesmo um crápula - apertou a mão da amiga em um gesto reconfortante.
Abigail pousou a mão em seu colo, olhando para a porta que dava para o salão, observando os casais girando ao som da valsa. Quando jovem gostaria que algum rapaz a olhasse e a tirasse para dançar, desejava a sensação de rodar pelo salão como qualquer outra moça em seu debute.
- Acho melhor voltarmos, minha mãe deve estar me caçando como um gato atras de um pequeno camundongo - Sally soltou uma gargalhada, com a personalidade da mãe ela imaginava que isso era bem possível.
Se levantou e ainda segurando a mão de Aby a puxou para junto de si, entrelaçando seus braços. Assim que estavam para entrar o famigerado Duque apareceu com uma carranca, ele era muito bonito não poderia negar, mas com aqueles olhos assassinos nem o exército imperial resistiria.
- Abigail, a procurei em todos os lugares - ele estendeu a mão, e pelo seu olhar não era uma situação negociável, muito relutante sua esposa retirou seu braço do entrelace da amiga e estendeu a mão até a dele, Ezra segurou de uma forma muito possessiva e passou seu braço pelo seu, mantendo uma das mãos em cima do seu delicado punho.
- Meu Senhor, preciso levar Sally até sua mãe, ela fez a gentileza de me acompanhar para tomar um pouco de ar fresco - Abigail sorriu um pouco constrangida para a amiga por terem sido interrompidas pelo Duque, não gostava nem um pouco dessa vigilância constante, querendo demonstrar ao mundo ser um marido amoroso, mas todos sabiam que eles nem mesmo se conheciam de verdade, essa mentira estava fadada a fracassar desde o começo.
O casal acompanhou Sally até a Sra. Dowdeng, que já estava perscrutando o salão igual a uma águia, quando os viu abriu um sorriso luminoso.
- Vossa Graça - Frederica realizou uma reverencia para cumprimentar o Duque - Agradeço por ter trazido Sally em segurança, espero que ela não tenha importunado demais Milorde - Sally se encaminhou para ficar ao lado de sua mãe, puxou um delicadamente sua manga para chamar a atenção.
- Acabamos indo para o jardim tomar um pouco de ar, como sabe vivemos quase uma vida toda no campo, esses lugares nos deixam sufocadas - sorriu maliciosamente e olhou para Abigail - Não é mesmo Aby?
- Sim, com isso preciso concordar com Sally, salões lotados me deixam desconfortável - sorriu com carinho para a amiga.
- E como ficamos tão desconfortáveis em tais eventos, e digo que até mesmo em Londres, quando poderemos partir? E é claro levando Abigail, como podem ver ela prefere o campo - sorriu de forma gentil para o Duque, mas a atmosfera todos sentiram ficar gélida.
- Não creio que a Duquesa vá para o campo sem a minha presença novamente - falou de uma maneira educada, mas o maxilar estava rígido contendo a raiva.
Abigail entendeu a manobra de Sally, ela queria tirar a amiga dessa enrascada que estava metida a anos, mas não seria fácil convencer esse homem implacável que só pensava em sua família.
- Sally, o Duque está certo - Frederica segurou a mão da filha discretamente e apertou com um pouco de força - Preciso de um copo de limonada, me acompanharia? - o tom de voz não deixava margens para recusa, assim a garota apenas assentiu com uma pequena carranca. Mãe e filha realizaram uma despedido e se perderam na multidão deixando o casal sozinhos novamente.
- Então quer dizer que minha querida esposa, precisa pedir ajuda a uma jovem para fugir de seu marido? - sorrindo com polidez para as pessoas que passavam, seu aperto na mão de Aby chegou a ser um pouco cruel, seu rosto chegou perto da orelha da esposa, para todos no salão pareceria que estavam em um ato apaixonado - Repetirei mais uma vez minha querida Duquesa, você não irá embora, ficara ao meu lado até eu me decidir, e se houver alguma fuga te caçarei até no inferno.
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NOTA DA AUTORA: Obrigada por continuar lendo a obra. Se você tiver intenção de acompanhar a história, ficarei muito feliz e ansiosa para ler suas opiniões. Deixe um comentário sobre os seus sentimentos, positivos ou negativos, é um incentivo para que eu continue escrevendo.
Mais uma vez obrigada por ter chegado até aqui. Espero que tenham apreciado a leitura!!!
Capítulos irão sair toda terça e quinta-feira!
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Alguem a quem amar.
RomanceO Duque de Birdwhisth sempre acreditou no amor, pois seus pais se amaram por uma vida toda, e isso ele iria encontrar. Assim que colocou seus olhos em Juliet Finch soube que era a escolhida, mas a jovem era linda como um anjo e com tantos pretendent...