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𝓓𝓪𝓵𝓲𝓪 𝓟𝓸𝓿

Eu deito na cama hospitalar, olhando fixamente para o teto.

Minha mão me mata, então só posso imaginar como está a perna de Mattheo.

Ele está na ala hospitalar também, mas Blaise insistiu que estivéssemos de lados opostos da sala porque ele sabe que nos atacaríamos novamente se tivéssemos a chance.

A ala hospitalar está vazia, exceto por mim, uma garota do terceiro ano que quebrou oito ossos por causa do Quadribol, um garoto do sétimo ano que fez uma pegadinha contra ele e Mattheo.

— Dália! — Eu ouço. Sorrio reconhecendo a voz.

Algo se senta ao meu lado e envolve seus braços em volta de mim.

— Oi Davy. — Eu gemo enquanto tento abraçá-lo de volta.

— O que diabos aconteceu com você?! — Ele suspira.

— Eu e Riddle tivemos uma pequena conversa e ele não soube quando parar.

— Então sua irmã enfiou uma faca na perna dele. — Dexter diz casualmente, nos fazendo rir um pouco.

— Sim e obrigado por isso! — Ouço Mattheo gritar sarcasticamente.

— Ah, cale a boca seu idiota com cara de cicatriz! — Eu grito de volta.

— Senhorita Malfoy! Eu não vou ter essa linguagem no meu hospital! — Madame Pomfrey suspira.

— Ah, acalme-se sua ameixa velha. — Dexter murmura, me fazendo bufar.

Madame Pomfrey murmura algo antes de caminhar até Mattheo e cuidar de seus cortes.

— Ele soa como um verdadeiro idiota. — Eu ouço Davy dizer.

— Imagine ter uma parceria com ele por duas semanas para fazer um projeto de Poções — Eu murmuro.

— Droga, você não tem sorte. — Eu ouço Draco dizer enquanto ele caminha até minha cama.

— Estava na hora de você vir e me ver. — Eu murmuro sarcasticamente.

— Ei, eu estava tentando impedir Dumbledore de colocar você em detenção por um mês. Com Mattheo. — Draco se defende.

— E você consiguiu?

— Você vai ter isso por uma semana. Com Mattheo.

Eu gemo.

— O universo está realmente do seu lado no momento, não é? — Davy pergunta sarcasticamente.

— Eu te ensinei bem. — Eu digo, sorrindo para o sarcasmo dele. — Mas sério, onde está minha faca? — Eu pergunto.

— Dumbledore pegou. — Draco me diz.

— Aquele idiota enrugado. — Eu murmuro. Sento-me, mas uma dor aguda chega à minha mão.

Eu assobio antes de me apoiar contra a cama.

Eu tiro as cobertas de mim e balanço minhas pernas sobre a cama e coloco meus pés no chão.

Eu me levanto, mas o movimento súbito me deixa tonta. Faço uma pausa, agarrando a coisa mais próxima que posso encontrar, a gravata de Dexter.

Eu o ouço tossir devido ao fato de eu ter puxado a gravata com bastante violência, fazendo-o engasgar um pouco.

— Me desculpe por isso. — Eu digo desajeitadamente, levantando-me corretamente.

— Sim. — Dexter diz, esfregando o pescoço e fazendo Davy dar uma risadinha.

Madame Pomfrey decide vir me ver neste exato momento.

— Onde você pensa que está indo? — Ela me pergunta.

— Meu quarto. — Eu dou de ombros.

— Você certamente não vai! Você deve ficar na cama e descansar!

Ignoro completamente o comentário dela.

— De qualquer forma, obrigada por sua hospitalidade, Pomfrey. Eu tive uma estadia adorável, mas é melhor eu ir agora. Tenho lugares para ir e pessoas para tirar sarro. — Eu digo quando começo a sair.

Eu ouço os protestos e risadas de Madame Pomfrey de pessoas como Davy, Draco e Dexter.

Volto para a comunal da Sonserina e sigo para o meu quarto particular.

Eu tranco a porta e me inclino contra ela, meus olhos fechados.

— Bem, isto é constrangedor. — Eu ouço alguém dizer.

Eu abro meus olhos e eles imediatamente encontram os olhos da pessoa que eu mais odeio no universo.

Eu gemo.

— Seu filho da puta doente.

𝙉𝙪𝙢𝙗 | 𝙈𝙖𝙩𝙩𝙝𝙚𝙤 𝙍𝙞𝙙𝙙𝙡𝙚Onde histórias criam vida. Descubra agora