v i n t e - e - n o v e

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𝒟𝒶𝓁𝒾𝒶 𝒫𝑜𝓋

Quando acordo, sou conduzida sobre uma mesa, meus pulsos e tornozelos amarrados com cordas estão me segurando. Olho para o meu braço e vejo o local onde meu braço foi cortado, está todo curado com apenas uma cicatriz.

Eu gemo, sentindo meu pulsar levemente.

— Ahh. Ela está acordada.

Abro os olhos para ver vários rostos olhando para mim de cima. Franzo a testa ao ver minha posição, pernas e braços amarrados a uma mesa ensanguentada.

— Quem? Dalia? Oh, minha querida! — a voz familiar da minha mãe engasga.

— Mãe? — eu murmuro, olhando ao redor.

— Sim, Dalia. Sou eu. É mamãe. Estou aqui — ela empurra todas as outras pessoas para o lado e corre para mim.

— Mãe, o que está acontecendo? — eu pergunto em um tom preocupado.

— Está tudo bem querida. Você está bem — ela coloca a mão na minha bochecha e olha para mim.

— Bem, estou amarrada a uma mesa, cercado por comensais da morte, então vou ter que discordar de você, mãe — eu digo sarcasticamente.

— Agora, agora. Não há necessidade de ser rude — uma voz desconhecida, mas reconhecível, diz.

As pessoas ao meu redor, parte para revelar um cara sem nariz, vestido com o que parece ser um lençol com uma cobra nos pés descalços.

Oh espere, esse é Voldemort. Ah, isso explica muito.

— Eu sentei de outra forma — eu vejo o.

— Ela é uma lutadora — ele sorri.

— Tire essas cordas de mim e eu vou te mostrar — Voldemort ri.

— Isso não será necessário, mas ainda assim, desamarre-a — ele gesticula para as cordas que me prendem.

Alguns comensais da morte removem as cordas e praticamente me empurram para que eu possa ficar de pé.

Eu me levanto na mesa, esfregando meus pulsos.

Pego minha varinha em meu manto, mas ela não está lá. Ah, eu escondi. É por isso.

— Nós pegamos sua varinha — Belatrix sorri.

Não, você não, querida, eu escondi.

— Oi tia — eu digo, sorrindo sarcasticamente e acenando para ela para que ela apenas me encare. — Agora eu ficaria encantada se alguém me dissesse por que estou aqui e por que sobrevivi sendo arrastado por um incêndio.

— Você está aqui porque você é especial e precisávamos de você inconsciente desde que Lucius disse que você lutaria conosco — Voldemort me diz.

Eu ando para cima e para baixo na mesa, observando todos os comensais da morte, bem como meus arredores. Estou na Mansão Malfoy. Vulgo minha própria casa de merda.

— Sabe, se você quisesse que eu voltasse para minha própria casa, você poderia ter me enviado uma coruja.

— Ouça-me sua garota estúpida! — Voldemort grita, me fazendo estremecer. — Você é especial. Você pode nos ajudar. E nós podemos ajudar você.

Percebo meu pai sentado no canto da sala, franzindo a testa, obviamente irritado por sua filha ser aparentemente especial.

— Agora, por que eu iria ajudá-lo?

— Porque você é uma Malfoy.

— E isso é relevante porque?

— Você foi carregada com um poder glorioso e deve usá-lo! — ele grita novamente.

— Certamente se o poder é meu, então eu decido quando e como usá-lo. Correto?

Não há resposta.

Estou irritando todos eles e é absolutamente hilário.

— Gente difícil. De qualquer forma, como eu estava dizendo, se o poder é meu e eu escolhi quando e como usá-lo, não tenho que usá-lo para você. Então, se isso é tudo, bom dia.

Eu pulo da mesa e caminho até a porta, apenas para ser parado por Nagini, a cobra de Voldemort.

— Você não vai de qualquer jeito, querida — minha mãe diz atrás de mim.

Eu me viro para encará-la, inclinando a cabeça para ela, como um cachorro.

— Você não pode me parar. Eu sei que tenho esse poder e quase sei como controlá-lo — eu ri.

— Você não vai sair — meu pai diz, levantando-se de seu assento no canto.

— Eu estava esperando que eu não teria que fazer isso — eu suspiro.

Eu levanto minhas mãos e aponto minhas palmas para meu pai.

Estou prestes a usar meu poder quando alguém aparata na sala.

Eu sorrio enquanto eles falam.

— Surpresa gata.

AWW EU DISSE A ELE!

𝙉𝙪𝙢𝙗 | 𝙈𝙖𝙩𝙩𝙝𝙚𝙤 𝙍𝙞𝙙𝙙𝙡𝙚Onde histórias criam vida. Descubra agora